“Apenas 190 segundos dos 233 dias de tortura inimaginável”
As Forças de Defesa de Israel compartilharam no X, nesta quinta-feira, 23, o vídeo do sequestro de mulheres soldados na base militar de Nahal Oz, no sul de Israel
As Forças de Defesa de Israel compartilharam no X, nesta quinta-feira, 23, o vídeo do sequestro de mulheres soldados na base militar de Nahal Oz, situada no sul de Israel, a uma distância entre 500 e 800 metros da Faixa de Gaza.
“Liri, Karina, Agam, Daniela e Naama – 5 meninas israelenses que foram sequestradas em 7 de outubro.
Isto representa apenas 190 segundos dos 233 dias de tortura inimaginável que estão vivendo desde que foram raptadas pelas mãos de terroristas do Hamas.
Estamos operando para garantir o retorno seguro de nossos reféns”, diz a nota das FDI.
O vídeo foi divulgado na quarta-feira, 22, pelo Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, como noticiou O Antagonista.
Eu, Felipe, duas semanas antes da divulgação, estive na mesma sala da base militar israelense, onde tirei fotos e gravei outros vídeos com relatos de uma colega militar das vítimas e de um socorrista voluntário sobre esses e outros episódios de terror ocorridos ali. As imagens feitas por mim – que não haviam sido incluídas no documentário “O trauma de Israel” – também foram exibidas no Papo Antagonista de quarta-feira e estão disponíveis aqui.
Nas cenas divulgadas pelo Fórum, os terroristas amarram, hostilizam e intimidam as vítimas. Um deles descreveu as jovens como “sabaya”, palavra que significa escrava sexual em árabe e que também foi usada pelo grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) em relação às meninas da etnia yazidi, durante massacre iniciado em agosto de 2014.
Outras declarações, como “essas são as sionistas” e “você é tão bonita”, ilustram a mistura de ódio e desejo sexual que marcaram a violência do Hamas contra mulheres de Israel.
Várias das mulheres soldados sequestradas ou assassinadas atuavam como observadoras da fronteira, monitorando eventuais movimentações atípicas dos terroristas em Gaza. Durante minha visita, ouvi diversos relatos de que elas haviam alertado oficiais superiores sobre uso de drones e outros treinamentos feitos pelo grupo às vésperas do ataque; mas os alertas não teriam sido levados a sério.
A invasão e o consequente massacre indicaram que o foco de Israel em defender-se de foguetes e mísseis – com abrigos de concreto, como a sala para onde as moças fugiram, e tecnologia de ponta, como a do sistema de interceptação Domo de Ferro – acabou relaxando o país para a eventualidade de um ataque analógico, terrestre, à moda antiga, com terroristas fortemente armados.
Assista ao trecho do Papo Antagonista sobre o sequestro (com imagens fortes e vídeos extras) e ao meu documentário completo (com relatos impactantes), para ter a dimensão do trauma israelense.
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