“Se a direita não furar a bolha, a chance de perder é grande”
ACM Neto defendeu a ampliação da direita para aumentar as chances de vencer a eleição presidencial de 2026
O vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (foto), defendeu a ampliação da direita para aumentar as chances de vencer a eleição presidencial de 2026.
Segundo ele, se o campo permanecer associado demais ao bolsonarismo, “a chance de perder a eleição [será] grande”.
Ele deu a declaração em seminário nesta terça-feira, 21 de maio.
“Se o campo da direita não furar a bolha, a chance de perder a eleição é grande”, afirmou ACM Neto.
“Se ficar preso a negacionismo, ou a essas pautas mais de costumes, pode novamente ter uma guerra de rejeições, e aí o menos rejeitado ganha”, acrescentou.
Ao mesmo tempo, ele também disse: “Não reconhecer que Bolsonaro é o maior cabo eleitoral no campo da direita é fechar os olhos para a realidade”.
“Cheiro de mofo”
Em entrevista ao jornal Correio da Bahia no início de maio, ACM Neto afirmou que o governo Lula não deslanchou e que a gestão federal petista continua “presa no passado”.
“[Esse] É um governo que cheira a mofo em relação à prática política. E também cheira a mofo em relação às ações de governo, aos projetos para o país”, disse o ex-prefeito de Salvador.
A crítica de ACM ocorre dias após o presidente Lula intimidar em evento oficial o prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo.
Na sexta-feira da semana passada, Lula classificou como “falta de respeito” a ausência do prefeito na solenidade de inauguração do Hospital Estadual Costa das Baleias e na visita ao campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
“Eu não o conheço. Eu só quero dizer para vocês é que é uma falta de respeito o prefeito não estar aqui, agora, na inauguração, agradecendo ao governador Jerônimo [Rodrigues] de ter feito um hospital aqui, de agradecer ao Lula pela universidade aqui, pelas escolas técnicas…”, disse o petista.
Nesta segunda, ACM Neto respondeu.
“A gente vê um governo envelhecido. Um governo que continua preso ao passado, seja na prática política, seja nas ações e planos de trabalho e de governo em si. Nas práticas políticas porque não souberam fazer uma construção política mais ampla, reeditaram a lógica do passado, do próprio PT, do toma lá dá cá”, declarou o vice-presidente do União.
“[É] Um governo extremamente dominado por quadros petistas. Então, não é um governo plural. Outros partidos ocupam espaços periféricos, menos relevantes. E quando se trata de discutir a agenda do país, quando se trata de discutir políticas públicas, prioridades, rumos e caminhos, essas discussões acontecem intramuros, exclusivamente, entre os petistas. Então, é um governo que cheira a mofo em relação à prática política. E também cheira a mofo em relação às ações de governo, aos projetos para o país”, acrescentou.
O União Brasil tem hoje três ministérios no governo Lula e há indicativos de que a sigla desembarque de vez da base de sustentação da administração petista.
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