Famílias de reféns divulgam vídeo do sequestro de mulheres soldados pelo Hamas
Várias das mulheres soldados sequestradas ou assassinadas atuavam como observadoras da fronteira, monitorando eventuais movimentações atípicas dos terroristas em Gaza
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas divulgou nesta quarta-feira, 22 de maio, um vídeo com imagens obtidas pelas Forças de Defesa de Israel, mostrando o sequestro de cinco mulheres soldados da base militar de Nahal Oz, em 7 de outubro, por terroristas do Hamas.
São elas: Liri Albag, Karina Ariev, Agam Berger, Daniella Gilboa e Naama Levy, todas em torno dos 20 anos.
Foram removidas dos vídeos originais algumas das imagens mais perturbadoras, incluindo os corpos das pessoas assassinadas.
A base de Nahal Oz, situada a uma distância entre 500 e 800 metros da Faixa de Gaza, é a mesma onde 26 pessoas foram mortas – sufocadas ou queimadas -, como eu, Felipe Moura Brasil, mostrei no documentário “O trauma de Israel”, disponível no canal de O Antagonista, no YouTube.
Estive nas salas – atualmente transformadas em memoriais – onde os terroristas amarraram, hostilizaram e intimidaram as vítimas, como agora se pode ver em detalhes no vídeo divulgado. Um deles descreveu as jovens como “sabaya”, palavra que significa escrava sexual em árabe e que também foi usada pelo grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) em relação às meninas da etnia yazidi, durante massacre iniciado em agosto de 2014.
Outras declarações, como “essas são as sionistas” e “você é tão bonita”, ilustram a mistura de ódio e desejo sexual que marcaram a violência do Hamas contra mulheres de Israel.
Várias das mulheres soldados sequestradas ou assassinadas atuavam como observadoras da fronteira, monitorando eventuais movimentações atípicas dos terroristas em Gaza. Durante minha visita, ouvi diversos relatos de que elas haviam alertado oficiais superiores sobre uso de drones e outros treinamentos feitos pelo grupo às vésperas do ataque; mas os alertas não teriam sido levados a sério.
A invasão e o consequente massacre indicaram que o foco de Israel em defender-se de foguetes e mísseis, com tecnologia de ponta como a do sistema de interceptação Domo de Ferro, acabou relaxando o país para a eventualidade de um ataque analógico, terrestre, à moda antiga, com terroristas fortemente armados.
Assista ao novo vídeo (com imagens fortes) e ao meu filme completo (com relatos impactantes), para ter a dimensão do trauma israelense.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)