“A lei e a Justiça estavam ao meu lado”, diz Moro
O senador celebrou nesta quarta-feira, 22, a decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou os pedidos de cassação de seu mandato
O senador Sergio Moro (União-PR) celebrou nesta quarta-feira, 22, a decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou os pedidos feitos pelo PT, de Lula e Gleisi Hoffmann, e pelo PL, de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, de cassação de seu mandato.
Em entrevista coletiva, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que “a lei e a Justiça” estavam ao seu lado.
“O fator predominante nisso tudo é, evidentemente, que a lei e a Justiça estavam ao meu lado neste caso. Não havia fatos que justificavam a cassação”, disse Moro.
“Nós pudemos ver, tanto no julgamento do TRE quanto no julgamento no TSE, votos muito sólidos, tanto do relator do TRE quanto do relator aqui no TSE e dos demais desembargadores e ministros”, acrescentou.
Fim do “espírito de revanchismo”
Moro afirmou também que o julgamento foi técnico e pediu o fim do “espírito de revanchismo”.
“O melhor é nós deixarmos de lado esse espírito de revanchismo, e essa polarização exacerbada, que muitas vezes embota o nosso raciocínio e impede que nós busquemos convergências naqueles pontos comuns”, disse.
Moro ressaltou que faz oposição ao governo Lula, mas disse que é preciso “diminuir a temperatura política”.
“Sou oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT, tendo outros candidatos à frente para buscar a presidência, como o governador Ronaldo Caiado, talvez o governador Tarcísio, talvez o governador Romeu Zema, mas o fato é que nós temos que diminuir a temperatura política. Nesse aspecto, quando há a possibilidade de convergir com políticas do governo Lula, por exemplo, agora em socorro ao Rio Grande do Sul, que é a grande tragédia nacional, eu votarei a favor”, afirmou.
O julgamento de Moro no TSE
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta terça, 21, os recursos apresentados pela Federação Brasil de Esperança (PT/PcdoB/PV) e pelo PL e manteve o mandato de Sergio Moro (União-PR) no Senado.
Em seus votos, os sete ministros do TSE entenderam que os autores das ações não conseguiram apresentar provas para comprovar que houve desequilíbrio na disputa pelo Senado no Paraná, nem que o ex-juiz cometeu abuso de poder econômico ou crime de caixa 2. Os ministros também afastaram a tese de que o caso Sergio Moro era parecido com o caso Selma Arruda – conhecida como “Moro de saia”.
O ministro Floriano de Azevedo Marques, relator do caso, afastou a tese de que Moro foi beneficiado com recursos do partido e declarou que não houve a comprovação de que o ex-juiz conseguiu vantagem competitiva em relação a outros candidatos.
Ainda segundo o relator, a trajetória “cambaleante” de Moro – passou por dois partidos (Podemos e União Brasil) – é determinante para se aferir que não houve tentativa de fraude em sua candidatura.
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