De mal a pior: veja como estão as perspectivas econômicas
O Boletim Focus desta segunda-feira, 20, mostra uma piora em praticamente todos os índices acompanhados pelo mais de 100 economistas e analistas consultados para a pesquisa do Banco Central. Na opinião dos consultados no relatório da autoridade monetária, a inflação para este ano e para 2025 (considerado do ano relevante para o BC) deve ser...
O Boletim Focus desta segunda-feira, 20, mostra uma piora em praticamente todos os índices acompanhados pelo mais de 100 economistas e analistas consultados para a pesquisa do Banco Central.
Na opinião dos consultados no relatório da autoridade monetária, a inflação para este ano e para 2025 (considerado do ano relevante para o BC) deve ser mais alta que o esperado anteriormente. Para 2024, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 3,73% quatro semanas atrás para 3,80% agora. Para o ano que vem, o índice passou de 3,60% para 3,74%.
E a piora nas estimativas para a pressão sobre os preços sobe mesmo com o pesquisado prevendo uma taxa básica de juros, Selic, no fim deste ano também mais alta. Em quatro semanas a taxa foi de 9,50% ao ano para 10% ao ano.
A deterioração das expectativas, que casa o abandono da meta fiscal de superávit no ano que vem pelo governo, veio acompanhada da piora das estimativas de déficit primário para este ano e para próximo. Os analistas voltaram a enxergar um déficit de 0,70% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, contra uma meta de zero do governo. E para 2025, o déficit esperado passou para 0,63% do PIB, embora o governo tenha prometido equilibrar as contas públicas.
O cenário mais desafiador também impactou as previsões para o crescimento da economia nacional. No relatório desta segunda-feira, 20, os economistas voltaram a reduzir as expectativas para o PIB de 2,09% para 2,05% este ano. Boa parte do movimento, no entanto, se deve à tragédia no Rio Grande do Sul.
Por fim, as estimativas para o real também pioraram. A moeda americana deve encerrar o ano a 5,04 reais, contra 5 reais da semana passada, em um sinal de que o fiscal está afetando as expectativas e nem os juros mais altos estão conseguindo frear o descrédito crescente do mercado com o compromisso fiscal do governo Lula.
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