Morre presidente do Irã, confirma mídia estatal
Ebrahim Raisi, visto como potencial sucessor do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, morreu em um acidente de helicóptero no domingo, 19
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, visto como potencial sucessor do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, morreu em um acidente de helicóptero, em terreno montanhoso perto da fronteira com o Azerbaijão, confirmaram autoridades iranianas e a mídia estatal na manhã desta segunda-feira, 20 de maio.
Os destroços carbonizados do helicóptero que transportava Raisi, o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e seis outros passageiros e tripulantes foram encontrados após uma busca noturna, realizada em meio a uma nevasca. A morte de Hossein também foi confirmada. A escuridão e as condições chuvosas e lamacentas dificultaram o acesso das equipes de resgate ao local, mas todos os recursos do exército e da elite da Guarda Revolucionária foram mobilizados para as operações de busca e salvamento.
Aiatolá Ali Khamenei confirma sucessor de Raisi
O aiatolá Ali Khamenei, que detém a palavra final sobre a política externa e o programa nuclear do país, disse que o primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, assumirá como presidente interino, informou a agência de notícias oficial IRNA.
“Anuncio cinco dias de luto público e ofereço as minhas condolências ao querido povo do Irã”, disse Khamenei em comunicado. Mokhber, como Raisi, é visto como próximo de Khamenei.
Eleição presidencial
No prazo de 50 dias, uma nova eleição presidencial deve ser realizada, como prevê a constituição da República Islâmica. Khamenei já havia tentado tranquilizar os iranianos, afirmando que não haveria perturbações nos assuntos de Estado.
A crise ocorre num momento em que os governantes clericais do Irã enfrentam pressão internacional devido ao contestado programa nuclear de Teerã; ao aprofundamento dos seus laços militares com a Rússia durante a guerra contra a Ucrânia; e à aliança com o Hamas, grupo terrorista que atacou Israel em 7 de outubro de 2023, provocando a reação militar do Estado judeu na Faixa de Gaza.
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