O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre anunciou uma medida drástica: a suspensão das operações da estação de tratamento São João, que afetar diretamente o fornecimento de água de aproximadamente 35 bairros da capital gaúcha, impactando cerca de 420 mil moradores.

O Dmae precisou interromper as atividades da estação devido a um problema no sistema de gradeamento, essencial para impedir que resíduos sólidos, o lixo, atinjam as instalações, especialmente em períodos de chuva intensa como os que foram registrados no início do mês.

As inundações recentes pioraram a situação, tornando a suspensão inevitável.

Motivo da suspensão no fornecimento de água

Para mitigar o impacto, o Dmae tem mobilizado caminhões-pipa para fornecer água aos bairros afetados.

Uma outra estação de tratamento, Moinhos de Vento, também teve suas operações interrompidas momentaneamente.

No entanto, espera-se que o serviço seja completamente normalizado já neste domingo, 19.

Esta não é a primeira vez no mês que a estação São João enfrenta problemas.

No início de maio, as operações já haviam sido suspensas devido a um risco iminente de choque elétrico, porém o serviço foi prontamente normalizado no dia 7.

Até o momento, o Dmae não forneceu mais esclarecimentos sobre os desafios contínuos enfrentados pela estação.

Medidas compensatórias para a população afetada

Diante das adversidades, a Prefeitura de Porto Alegre tomou medidas para aliviar o fardo da população.

Os moradores afetados estão isentos do pagamento das contas de água pelos próximos dois meses.

Para clientes beneficiados pela tarifa social, esse período se estende por seis meses.

Impacto das chuvas no Rio Grande do Sul

As chuvas que assolaram o estado não só causaram problemas no abastecimento de água como também resultaram em perdas significativas.

Até o momento, registram-se 155 mortes e ainda há 94 pessoas desaparecidas.

Além disso, 461 municípios foram afetados, deixando 77.202 desabrigados e 540.188 desalojados.

Os eventos recentes sublinham a vulnerabilidade das infraestruturas urbanas frente a desastres naturais, destacando a necessidade urgente de revisões e melhorias nos sistemas de prevenção e resposta a emergências.

A continuidade dos serviços essenciais, como o fornecimento de água, é crucial para a recuperação das comunidades afetadas.