Expectativa de vida aumenta até 2050
Expectativa de vida aumentará até 78,1 anos em 2050, mas doenças crônicas desafiam a saúde global.
Novo estudo prevê aumento na expectativa de vida até 2050, contudo, alerta para crescimento de doenças crônicas e metabólicas.
O que o futuro reserva para a saúde global?
A expectativa de vida global deverá aumentar significativamente nas próximas décadas, impulsionada pelas melhorias nas taxas de sobrevivência de diversas condições de saúde. Contudo, isso também traz desafios, pois as condições metabólicas como hipertensão e diabetes estão em ascensão.
O relatório detalhado em The Lancet indica um aumento de 73,6 anos em 2022 para 78,1 anos em 2050 na expectativa média de vida global. Apesar dos avanços, a qualidade desses anos adicionais pode estar comprometida por uma saúde menos robusta.
Principais ameaças à saúde na nova era
A transformação no perfil de saúde mostra uma transição de doenças transmissíveis e condições materno-infantis para doenças não transmissíveis como câncer e doenças cardiovasculares. Este fenômeno é conhecido como a “transição epidemiológica” e reflete mudanças nos padrões de vida e problemas associados ao estilo de vida moderno.
- Obesidade
- Tabagismo
- Dieta inadequada
- Falta de atividade física
Como o envelhecimento influencia a demanda por cuidados de saúde?
Com o aumento da expectativa de vida, mais pessoas viverão com condições de saúde crônicas, o que demandará uma adaptação dos sistemas de saúde. As previsões apontam que grandes vilões serão as doenças cardíacas, diabetes, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e acidente vascular cerebral (AVC).
Diante desse cenário, especialistas como Otavio Castello, geriatra e diretor científico do Instituto Parentalidade Prateada, enfatiza a importância de estudos preditivos para preparar as políticas públicas e sistemas de saúde para as mudanças demográficas iminentes.
A solução passa por prevenção?
A prevenção surge como uma estratégia crucial para mitigar a escalada das doenças não transmissíveis. Intervenções que focam no comportamento e metabolismo, como dietas saudáveis, exercícios regulares e controle do tabagismo, poderiam reduzir significativamente os índices de morbidade associados a estes fatores.
Jamilly Drago, endocrinologista da Clínica Metasense, destaca a importância de políticas que incentivem a alimentação saudável desde a infância e campanhas educativas sobre os benefícios da atividade física regular, visando um contexto de saúde pública mais ativo e preventivo.
Por que a atenção à saúde mental não deve ser negligenciada?
Outro aspecto vital que acompanha o aumento da longevidade é a saúde mental. As projeções alertam para um crescimento nas taxas de condições como a depressão e ansiedade, que já apresentam aumento nos jovens adultos e podem ser exacerbadamente impactadas pela pressão de uma sociedade focada na produtividade.
Eva Bettine, gerontóloga da Universidade de São Paulo e da Associação Brasileira de Alzheimer, sublinha a importância de políticas públicas que integrem o cuidado mental ao aporte nutricional e físico. Ela ressalta que fatores como alta interação social e atividade física regular são essenciais para prevenir condições degenerativas como a demência.
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