Pimenta minimiza críticas de politização da calamidade no RS
Ministro foi designado por Lula como responsável pela reconstrução do Rio Grande do Sul
O ministro Paulo Pimenta (foto) afirmou que é uma “visão muito mesquinha” e “extremamente maldosa” acreditar que Lula criou o Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul para controlar a narrativa da reconstrução do estado.
Em entrevista à Folha, Pimenta também minimizou a divergência política com o governador Eduardo Leite e citou as eleições de 2022.
“Olha, eu votei nele para governador. Eu era presidente do PT, e o nosso apoio foi fundamental para que ele fosse eleito. E acredito, inclusive, que ele votou no mesmo candidato que eu para presidente da República”, disse Pimenta.
“(…) Minha relação com ele eu considero excelente, funcional, respeitosa, harmônica e extremamente positiva para o Rio Grande do Sul nesse momento”, acrescentou.
Críticas ao nome de Pimenta
A escolha de Pimenta para o posto gerou críticas entre integrantes do PT e por parte dos aliados do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O tucano teria ficado sabendo da escolha do nome pela imprensa.
O deputado federal Aécio Neves, um dos líderes do PSDB, chamou a indicação de Pimenta de “excrescência”.
“O presidente Lula será responsável pela politização do drama por que passam os gaúchos. Ao indicar um adversário político do governador, o presidente, na verdade, pratica uma intervenção no estado, que tem um governador eleito para tal”, disse Aécio ao jornal Folha de S. Paulo.
Para tentar minimizar as críticas, Pimenta disse que vai trabalhar ao lado do governador Eduardo Leite. “O trabalho do governo federal é um trabalho complementar e suplementar ao trabalho do governo do estado e das prefeituras. O presidente Lula me pediu muito que tenha essa dedicação e disposição de colaborar com governo do estado, secretários, prefeituras de todos os municípios atingidos”, completou.
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