“Brincando com fogo”, diz Rússia sobre ajuda ocidental à Ucrânia
“Mais uma vez, gostaríamos de alertar inequivocamente Washington, Londres, Bruxelas e outras capitais ocidentais, bem como Kiev, que está sob o seu controle, que estão brincando com fogo. A Rússia não deixará tais invasões no seu território sem resposta”, afirmou o comunicado do Minsitério das Relações Exteriores da Rússia
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou o Ocidente que estava brincando com fogo ao permitir que a Ucrânia usasse mísseis e armas ocidentais para atacar a Rússia e que Moscou não deixaria tal ação sem resposta.
A autoridade russa disse em um comunicado que viu a mão dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha por trás de uma recente onda de ataques e culpou Washington e Londres pela escalada do conflito ao autorizar a Ucrânia a usar foguetes de longo alcance e armas pesadas que haviam fornecido contra a Rússia.
“Mais uma vez, gostaríamos de alertar inequivocamente Washington, Londres, Bruxelas e outras capitais ocidentais, bem como Kiev, que está sob o seu controle, que estão brincando com fogo. A Rússia não deixará tais invasões no seu território sem resposta”, afirmou o comunicado.
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de colocar o mundo em risco de um conflito global, afirmando que nenhum país pode ameaçar a Rússia – segundo ele, “a maior potência nuclear do mundo”
A situação em Kharkiv
O presidente Vladimir Putin disse na sexta-feira, 17 de maio, que as forças russas que avançam na região ucraniana de Kharkiv estavam criando uma “zona tampão” para proteger as regiões fronteiriças russas, mas disse que capturar a cidade de Kharkiv não fazia parte do plano atual da Rússia.
Putin, que fez os comentários em entrevista coletiva durante uma visita de Estado à China, disse que o recente avanço da Rússia na região de Kharkiv foi uma resposta ao bombardeio ucraniano em regiões fronteiriças russas, como Belgorod.
Os ataques de drones marcaram a tentativa de Kiev de contra-atacar durante a ofensiva de Moscou no nordeste da Ucrânia, o que aumentou a pressão sobre as forças ucranianas, em menor número e desarmadas, que aguardam atrasos nas entregas de armas e munições cruciais dos parceiros ocidentais.
As forças russas avançaram 10 km na região ucraniana de Kharkiv numa área, mas a situação “estabilizou-se” a partir de sexta-feira, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, citado pelo meio de comunicação RBC-Ucrânia. “Hoje, as nossas forças de defesa estabilizaram os russos onde estão agora. O ponto mais profundo do seu avanço é de 10 km”, disse Zelenskiy aos jornalistas.
Putin e Xi Jinping
Nesta sexta-feira, 17, o presidente russo Vladimir Putin esteve na China e participou de uma feira de comércio e visitou uma universidade reconhecida por suas pesquisas em defesa.
A visita de Putin ocorre em meio a uma campanha militar intensificada na Ucrânia, o que tem isolado Moscou do Ocidente. Durante a viagem, Putin e o presidente chinês Xi Jinping reafirmaram a estreita cooperação entre os dois países, simbolizada por um abraço de Xi em Putin, um gesto raro de afeto do líder chinês, amplamente divulgado pela mídia estatal chinesa.
A relação entre China e Rússia preocupa o Ocidente, principalmente devido ao aumento da colaboração militar entre os dois países
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