Ibovespa encerra o dia em queda puxada por Petrobras
Petroleira perdeu quase 40 bilhões de reais em valor de mercado após a demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates
O principal índice acionário brasileiro encerrou as negociações desta quarta-feira, 15, em queda de 0,38%, aos 128 mil pontos. O destaque entre as ações com perdas na sessão ficou com a estatal brasileira do petróleo que registrou quedas significativas de 6,78% nas ordinárias e 6,04% nas preferenciais, o que acabou sendo definitivo para empurrar o indicador para o vermelho.
Os papéis da Petrobras respondem por cerca de 13% do Ibovespa e, por isso, afetam tanto o desempenho do índice. Para se ter uma ideia, em pontos, o Ibovespa fechou com um recuo próximo a 500 pontos. Somente as ações da petroleira foram responsáveis por mais de mil pontos de queda.
Esse recuo foi parcialmente compensado por ações em alta, como as da JBS – que avançaram 8,11% (ou 139 pontos), da Marfrig – em alta de 6,00% (+ 12 pontos) e da Embraer – que registrou ganhos de 5,58% (ou 92 pontos) ficaram no topo da lista.
Mercado não enxerga mais cortes na Selic este ano
Os juros futuros continuaram o recuo nas taxas com vencimentos mais longos iniciado na terça-feira, 14, após a Ata do Copom (Comitê de Política Monetária) que adotou um tom mais restritivo para a política monetária. Nos prazos mais curtos, as taxas em leve alta vão, lentamente, retirando da precificação do mercado as chances de um novo cortes na Selic na reunião de junho do colegiado.
Na sessão desta quarta-feira, 15, a probabilidade de uma nova redução da taxa básica de juros no próximo encontro de discussão do Copom passou para perto de 30%, contra mais de 50% uma semana atrás. As opções de Copom da B3, em que os investidores apostam em qual será a decisão na reunião de junho indica a manutenção da taxa no patamar atual com 57% de chances.
O dólar encerrou o dia praticamente estável, cotado a 5,13 reais, após avançar a 5,16 reais na máxima do dia.
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