BC lança Firmus, a prima do Focus, em agosto
Questionário coletará informações e percepções de dirigentes de empresas com perguntas qualitativas e quantitativas e terá periodicidade trimestral
A autoridade monetária espera para os próximos três meses o lançamento do Firmus, a pesquisa que o Banco Central promoverá com empresas do setor não financeiro. Ao lado das expectativas de analistas de mercado, coletadas pela autarquia e divulgadas no Boletim Focus, a percepção e as expectativas de empresas não financeiras devem constituir “instrumento relevante de informação para melhor entendimento e análise da conjuntura econômica“, informa o BC.
Na fase de testes da Firmus, o Banco Central consultou cerca de cem empresas para testar o questionário e validar as respostas. A amostra inicial partiu da seleção das maiores empresas de cada setor de atividade, excluindo-se os setores público e financeiro.
De acordo com o BC, o questionário coletará informações e percepções de dirigentes de empresas com perguntas qualitativas e quantitativas. O escopo estará dividido em duas partes: a primeira com perguntas sobre as condições atuais da economia e do negócio da empresa; e a segunda, com questões sobre a evolução esperada para a economia e para os negócios.
Em ambas as sessões, a ideia é capturar as percepções relacionadas à demanda pelos produtos da empresa, à variação dos custos de mão de obra, à variação dos preços dos produtos e à margem de resultado da empresa. Os questionamentos são complementados por duas perguntas sobre as expectativas de inflação, para os próximos doze meses e para daqui a três anos.
A autarquia entende que à medida que a pesquisa avance e se torne mais conhecida entre as empresas, o rol de respondentes deve avançar. A ideia é utilizar como ponte contatos com as principais instituições representativas do setor empresarial de cada segmento econômico.
A intenção da autoridade monetária é que a Firmus se inicie com periodicidade trimestral. O boletim Focus, que ouve analistas de mercado sobre as expectativas para algumas das principais variáveis econômicas como inflação, PIB (Produto Interno Bruto) e Selic, tem frequência semanal.
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