Crusoé: Faça o Paraguai grande novamente
Por dois anos inteiros, brasileiros pagarão tarifa extra pela energia de Itaipu para sustentar o governo do Paraguai
Por dois anos inteiros, os brasileiros pagarão um preço extra pela energia de Itaipu para sustentar o governo do Paraguai, comandado pelo presidente Santiago Peña, do Partido Colorado.
Esta semana, o Brasil e o Paraguai chegaram a um acordo sobre a tarifa que será cobrada pela usina hidrelétrica que fica na fronteira entre os dois países.
Em fevereiro do ano passado, a dívida bilionária contraída para a construção da usina, em 1973, foi quitada.
Pelo Anexo C do acordo binacional, entre Brasil e Paraguai, o valor da tarifa estava diretamente relacionado aos custos de operação e manutenção e ao pagamento da dívida.
Como a dívida não entra mais nessa conta, esperava-se uma redução do valor da tarifa de 16 dólares por quilowatt/mês para algo entre 10 a 12 dólares por quilowatt/mês.
Mas essa queda só vai acontecer em 2027. Até lá, o Brasil vai pagar 19,28 dólares por por quilowatt/mês — um reajuste de 15% em relação à tarifa antiga.
O valor pago pelo Brasil pela energia de Itaipu, no entanto, deveria diminuir.
“Do ponto de vista estritamente técnico, a tarifa deveria cair. O consumidor brasileiro, assim, será penalizado em 2024 e 2025 com uma tarifa maior do que a necessária. Prevaleceu uma negociação política e no final os brasileiros irão subsidiar a receita fiscal do Paraguai“, diz Bruno Pascon, cofundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, CBIE.
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