Hillary critica falta de conhecimento histórico de manifestantes pró-Palestina
Ex-secretária de Estado aponta desinformação como barreira para o entendimento dos conflitos atuais
Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA, criticou duramente os protestos em universidades por todo o país, atribuindo a falta de conhecimento histórico sobre o Oriente Médio como uma das principais causas da desinformação entre os jovens.
Em entrevista à MSNBC, Clinton expressou preocupação com a forma como as narrativas são moldadas por propaganda, especialmente nas redes sociais como o TikTok, e nos ambientes acadêmicos.
Clinton disse ao apresentador Joseph Scarborough que muitos estudantes estão sendo influenciados por propaganda, inclusive do governo chinês, que distorce a realidade dos conflitos atuais. “Propaganda não é educação”, afirmou Clinton, destacando que há uma diferença crítica entre o ensino baseado em fatos e a disseminação de conteúdos tendenciosos.
Durante a entrevista, Clinton relembrou as negociações mediadas por seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, que quase resultaram na criação de um estado palestino. Ela lamentou a recusa de Yasser Arafat em aceitar uma oferta que teria concedido aos palestinos 96% dos territórios ocupados, com os 4% restantes sendo compensados por terras de Israel, para alcançar uma solução de dois estados.
A ex-secretária também tocou em um ponto sensível ao comparar a situação de Arafat com outros líderes que foram assassinados por buscar a paz, como Anwar Sadat e Yitzhak Rabin, ressaltando as complexidades e os perigos envolvidos em tais negociações históricas.
Clinton enfatizou a necessidade de um entendimento mais profundo e factual da história para formar uma base sólida para opiniões e ações relacionadas a conflitos internacionais.
Radicais nas universidades dos EUA cantam “guilhotina, guilhotina”
Em um ato de protesto que marca uma escalada na Universidade George Washington, em Washington D.C., radicais anti-Israel pediam cortes de cabeças, mirando a presidente da universidade e outros líderes acadêmicos.
As manifestações, que começaram como um acampamento de solidariedade à Palestina, tomaram um rumo mais sombrio com ameaças diretas contra figuras administrativas da universidade. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram repetidos gritos de “guilhotina, guilhotina”, direcionados especificamente ao reitor Christopher Alan Bracey e à presidente Ellen Granberg.
O protesto se intensificou com a adição de ícones palestinos em estátuas e espaços do campus, incluindo a imagem de George Washington, o fundador que dá nome à instituição.
A resposta da polícia à crescente agressividade dos manifestantes incluiu o uso de spray de pimenta para dispersão, o que gerou críticas e chamou a atenção das autoridades locais e nacionais, incluindo uma convocação para depoimentos no Congresso sobre a segurança no campus.
Crise profunda ameaça universidades americanas, alerta historiador
Victor Davis Hanson, renomado historiador e comentarista político, publicou um artigo crítico sobre o estado atual das universidades nos Estados Unidos, destacando uma crise sem precedentes no ensino superior.
Em seu texto para o site American Greatness, Hanson descreve uma “tempestade perfeita” enfrentada pelas instituições devido ao aumento exorbitante dos custos e a uma crescente politização acadêmica que compromete a qualidade educacional e a relevância dos diplomas.
Segundo ele, a ênfase excessiva em diversidade e inclusão nas contratações está superando o mérito acadêmico, o que poderia relegar as universidades a meros vestígios de uma era anterior.
Lenços palestinos viram ‘moda’ entre estudantes, critica jornalista britânico
Brendan O’Neill, jornalista e editor da revista Spiked, critica a tendência de estudantes em universidades ocidentais de usar lenços palestinos como forma de ativismo.
Em seu artigo para o The Australian, ele argumenta que essa moda é mais uma expressão de exibicionismo e sinalização de virtude do que um apoio genuíno à causa palestina. O’Neill aponta que, ao invés de verdadeira solidariedade, os gestos desses estudantes refletem uma tentativa de lidar com o próprio privilégio, transformando uma questão política grave em uma ferramenta para autoafirmação.
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