Israel começa evacuação em Rafah
A ordem de evacuação foi acompanhada pelo lançamento de panfletos, envio de mensagens de texto e ligações telefônicas
O exército israelense iniciou nesta segunda-feira, 6, uma série de avisos para que os palestinos evacuem os bairros orientais de Rafah, próximo à fronteira com Israel, antecipando uma ofensiva terrestre na região. Esta ação visa atingir o que Israel considera o último grande reduto do Hamas no sul da Faixa de Gaza.
A ordem de evacuação foi acompanhada pelo lançamento de panfletos, envio de mensagens de texto e ligações telefônicas, orientando sobre as áreas a serem evacuadas e as rotas seguras para zonas humanitárias ampliadas em al-Mawasi e Khan Younis, no sul de Gaza. Estima-se que cerca de 100.000 dos mais de um milhão de civis que se refugiam em Rafah estejam nas áreas afetadas.
A intensificação dos preparativos militares acontece após uma série de ataques aéreos realizados em resposta a um ataque com foguetes que matou soldados israelenses. As forças israelenses enfatizam que continuarão a perseguir o Hamas por toda região de Gaza, com o objetivo de libertar reféns mantidos pelo grupo terrorista.
A importância de Rafah
A fronteira de Rafah, localizada no extremo sul da Faixa de Gaza na fronteira com o Egito, representa uma artéria vital para o território palestino, sendo a única passagem que não está sob controle direto de Israel.
Este ponto de passagem assume um papel crítico em múltiplas facetas da vida em Gaza, destacando-se como uma conexão indispensável com o Egito e, consequentemente, com o mundo externo. Rafah é essencial não apenas para a movimentação de pessoas, incluindo as reuniões familiares, mas também para o fluxo de bens e suprimentos essenciais que sustentam a população de Gaza.
A economia de Gaza também depende fortemente do funcionamento deste cruzamento para o comércio e para a entrada de materiais básicos, como medicamentos, combustíveis e materiais de construção. O cruzamento é frequentemente um foco de tensão política, envolvendo negociações entre o governo egípcio, as autoridades de Gaza e outros atores internacionais, refletindo sua posição estratégica tanto nas relações internas quanto externas de Gaza.
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