Após pedir votos a Boulos, Lula atrai críticas de aliados e adversários
Apesar disso, avaliação dentro do comitê de campanha de Boulos é que mensagem foi petista foi positiva
O presidente Lula atraiu críticas de adversários e aliados após ter pedido, de forma explícita, votos ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) durante evento promovido pelas centrais sindicais no 1º de maio.
Apesar disso, integrantes da campanha de Boulos apontam que o risco foi calculado e que a punição para Lula não vai passar de uma multa de R$ 25 mil. Na visão da campanha, conforme apurou O Antagonista, o petista conseguiu deixar claro o apoio do governo federal a setores da sociedade que, até então, não sabiam dessa relação direta.
Na prática, Lula e seus auxiliares acreditam que Boulos pode ter conquistado alguns bons votos, principalmente na periferia.
Um dos maiores críticos do aceno público de Lula foi justamente o presidente do MDB, Baleia Rossi. Em postagem nas redes sociais, Rossi disse que Lula não respeitou a democracia ao se manifestar em prol do adversário do prefeito Ricardo Nunes, que também é do MDB.
“Em vez de ofertar esperança aos trabalhadores no #1demaio, o presidente da República foi a São Paulo com a estrutura do governo para fazer campanha eleitoral contra o MDB, partido com três ministros que têm feito um trabalho exemplar para o País”, disse Rossi, que emendou.
“Respeitar a lei eleitoral é respeitar a democracia. O chefe da Nação deveria dar o exemplo”, acrescentou.
Nos bastidores, aliados de outros partidos como PSB e PDT criticaram a postura de Lula e tem que o petista interfira no processo eleitoral em outras capitais.
A oposição também teceu duras críticas a Lula.
O deputado Coronel Telhada (PP-SP) manifestou sua indignação com a conduta de Lula e ressaltou a importância de manter a imparcialidade do Estado.
“É inaceitável que um presidente em exercício utilize a máquina estatal para fazer propaganda política em favor de um pré-candidato. Isso fere os princípios democráticos e compromete a imparcialidade do Estado. Nossa democracia precisa ser preservada de qualquer tipo de interferência externa, e é dever do governo e das autoridades garantir a lisura do processo eleitoral”, destacou o parlamentar.
Rodrigo Valadares (União-SE) ressaltou a importância da separação entre Estado e campanha política.
“A atitude de Lula em fazer um pedido de voto durante um ato oficial é um desrespeito à democracia e à separação entre Estado e campanha política. O Estado deve ser neutro e imparcial, garantindo igualdade de condições a todos os candidatos. Qualquer tipo de uso da máquina estatal para promoção política é inaceitável e deve ser repudiado”, afirmou Valadares.
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