Deputado questiona ministro de Lula sobre vídeos apagados
Nos vídeos, Lula pedia votos para o deputado Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo
O deputado Messias Donato (Republicanos-ES) enviou um requerimento de informações ao ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, para questionar sobre os vídeos do presidente Lula (PT) que foram apagados do perfil do governo federal. Nas gravações, registradas durante os atos do Dia do Trabalhador, o petista pedia votos para o deputado Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
“Por que a fala de Lula pedindo voto a Boulos durante o evento do 1º de maio foi removida do YouTube?” e “A EBC [Empresa Brasil de Comunicação] recebeu alguma pressão externa para remover o vídeo?” estão entre os questionamentos do parlamentar.
Inicialmente, o pedido do deputado havia sido direcionado ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho. No entanto, após questionamento de O Antagonista, a assessoria do parlamentar afirmou que o pedido foi redirecionado para a Secom, tendo em vista que a EBC é subordinada ao ministério de Paulo Pimenta.
Como mostramos, as transmissões haviam sido veiculadas nos canais oficiais do governo federal e da Presidência da República no Youtube, respectivamente, “CanalGov” e “Presidência do Brasil”.
Os links para cada um dos dois vídeos, do CanalGov e da Presidência do Brasil, redirecionam para a informação de que o conteúdo está “privado”. Com software online de captura de tela, O Antagonista registrou a publicação do vídeo no canal presidencial.
Após o episódio, Paulo Pimenta disse ao Estadão que o discurso do presidente da República durante ato não afronta a lei eleitoral. “O que ocorreu foi uma manifestação de apoio político, de menção ao cargo a ser disputado e da plataforma de governo a ser defendida, nos termos do artigo 36-A da Lei 9.504, de 1997 (a Lei das Eleições). A legislação eleitoral permite falar sobre tudo isso. A fala está enquadrada nas permissões da lei e não nas vedações. Não houve conduta eleitoral vedada”, disse o chefe da Secom.
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