Descoberta revela detalhes do último dia de Platão
Os papiros que trazem as revelações estão sendo estudados como parte de um projeto de cinco anos financiado pela União Europeia, chamado Projeto Escolas Gregas
Pesquisadores italianos, utilizando inteligência artificial e outras tecnologias avançadas, decifraram textos de antigos pergaminhos chamados papiros de Herculano, revelando detalhes sobre o local de sepultamento e as opiniões de Platão sobre a música tocada em seu leito de morte.
Os textos estavam em papiros que foram carbonizados e preservados sob cinzas vulcânicas após a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Segundo Graziano Ranocchia, professor de Papirologia da Universidade de Pisa, Platão foi enterrado em um jardim secreto dentro da Academia Platônica de Atenas, próximo a um santuário dedicado às Musas.
Esse detalhe específico do local de seu sepultamento era desconhecido até então. Além disso, embora anteriormente se pensasse que Platão apreciava a música tocada por uma escrava trácia em seus últimos momentos, os textos agora revelam que ele criticou a música por ter um “sentido rítmico escasso”, mesmo sofrendo de alta febre.
Os papiros, encontrados no século XVIII e pertencentes a uma vila que se acreditava ser do sogro de Júlio César, estão sendo estudados como parte de um projeto de cinco anos financiado pela União Europeia, chamado Projeto Escolas Gregas. Este projeto recentemente decifrou cerca de 30% de um texto de mais de 1.000 palavras, oferecendo novas e concretas informações sobre a Academia de Platão e a literatura helenística, entre outros temas.
Estas descobertas, apresentadas em uma conferência em Nápoles, não apenas enriquecem o entendimento sobre a vida e a morte de Platão, mas também demonstram o potencial da tecnologia moderna em revelar segredos de textos antigos que antes eram considerados indecifráveis.
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