Mulher é agredida por professor com tentativa de martelada
O professor teria justificado que Luana não estava respeitando as regras do esporte, pois remava para o lado errado.
Em um evento chocante ocorrido na Praia de Riviera de São Lourenço, em Bertioga, a surfista Luana Portes, de 31 anos, acusa um professor de surfe de tê-la agredido fisicamente durante uma discussão nos mares. O conflito que ocorreu no final da tarde da última quarta-feira (24), tem repercutido amplamente desde então.
Conflito nas ondas: desentendimento leva a agressão física
Segundo relato de Luana ao g1, o incidente começou quando ela entrou no mar e foi abordada pelo instrutor. O professor teria justificado que Luana não estava respeitando as regras do esporte, pois remava para o lado errado. A discussão se intensificou rapidamente, resultando em Luana recebendo dois socos no rosto, que ocasionaram um hematoma no olho esquerdo. Além das agressões, o instrutor teria ainda tentado atacar a surfista com um martelo, ataque que foi impedido usando a prancha como defesa.
O que dizem as testemunhas e a vítima?
Testemunhas no local intervieram para ajudar. Um amigo de Luana, também presente, teve sua mão ferida ao defender a surfista. De acordo com Luana, a atitude do professor teve claras motivações machistas, uma vez que ele não aceitava ser confrontado por uma mulher. “Ele é um cara que eu considero machista. Não aceitou que uma mulher falasse aquilo”, declarou Luana. Este triste evento é apenas um reflexo das adversidades que mulheres ainda enfrentam em diversos ambientes, inclusive nos esportivos.
Medidas adotadas pela escola de surfe
Face à gravidade do acontecido, a Escola de Surf da Riviera, onde o agressor trabalhava, tomou a decisão de demiti-lo. Em uma nota publicada nas redes sociais, a instituição expressou repúdio ao ocorrido: “Tais atos são inaceitáveis e violam os valores fundamentais do esporte surf e da convivência em sociedade”. A escola também reforçou seu compromisso com a segurança e integridade de todos os seus frequentadores.
O impacto psicológico e a segurança pessoal
Desde o ataque, Luana expressou um compreensível trauma, indicando hesitação em retornar à praia. A proximidade de suas residências, com o professor morando a cerca de 200 metros dela, aumenta a insegurança sentida por Luana. “É muito chato acontecer esse tipo de coisa e saber que não é um caso isolado”, desabafou a surfista, ecoando o medo e a indignação que muitas mulheres sentem em espaços onde deveriam se sentir seguras.
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