Greve na UNIFESP
Os professores demandam um ajuste de 22%
Em meio a intensas negociações no cenário educacional federal, professores e servidores técnicos administrativos se encontram em um impasse com o governo federal.
Esta situação decorre da reivindicação de reajustes salariais propostos pelas categorias, que argumentam ser necessário compensar as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos.
Os professores demandam um ajuste de 22%, enquanto os técnicos administrativos visam um aumento ainda maior de 34%.
O Pedido dos Professores e Técnicos: Detalhes da Proposta
Os professores das instituições federais sugerem que o reajuste de 22% seja dividido igualmente em três parcelas anuais de 7,06%, começando em maio de 2024 e se estendendo até 2026. Por outro lado, os servidores administrativos esperam um reforço de 34%, também distribuído em três vezes ao longo do mesmo período. De acordo com os representantes destas categorias, esses valores refletem as perdas desde a gestão do ex-presidente Michel Temer, em 2016, somadas às projeções de inflação para os próximos dois anos.
Qual foi a Resposta do Governo?
Confrontado com essas reivindicações, o governo federal apresentou uma contraproposta de 9% de reajuste para 2025, seguido de um aumento de 3,5% para 2026, recusando-se a implementar qualquer ajuste para o ano corrente, 2024, como solicitado pelos servidores federais. Essa posição encontra resistência tanto de professores quanto de técnicos administrativos.
Impacto da Greve na Educação
Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), destacou a influência da recente greve no setor educacional sobre as negociações: “A greve da educação fez o governo se movimentar após meses de inércia, encontrando mais espaço no orçamento e atendendo demandas antigas da categoria docente, que não representam grandes custos ao erário público. Apesar de tímidos, os avanços são um sinal de que as mobilizações podem realmente trazer mudanças significativas em defesa do serviço público.”
Avaliação e Perspectivas Futuras
Enquanto as assembleias sindicais se preparam para avaliar a proposta governamental até a próxima quinta-feira, fontes internas sugerem uma possível rejeição do acordo, seguindo o histórico de outras negociações fracassadas. O desejo de uma recomposição salarial ainda em 2024 permanece sendo um grande ponto de discórdia.
A expectativa é que as discussões continuem intensas e que haja espaço para novos diálogos e propostas, visando uma solução que harmonize as necessidades dos servidores federais com as possibilidades do governo.
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