Segue a caça aos opositores de Maduro
A Controladoria-Geral da Venezuela inabilitou politicamente nesta quarta-feira, 24, mais cinco opositores do ditador venezuelano
A Controladoria-Geral da Venezuela, alinhada ao regime chavista, inabilitou politicamente nesta quarta-feira, 24, mais cinco opositores do ditador Nicolás Maduro.
Os prefeitos Elías Sayegh, de El Hatillo, e José Antonio Fernández López, de Los Salias, e os ex-deputados Tomás Guanipa, Carlos Ocariz e Juan Carlos Caldeira se juntam a uma longa lista de opositores tornados inelegíveis, que inclui María Corina Machado, inelegível por 15 anos após decisão da Suprema Corte venezuelana.
Dos cinco políticos inabilitados politicamente, apenas Caldeira sofreu uma sanção de 15 anos. Os demais perderam os direitos políticos por 15 anos.
Sem notificação
O ex-deputado Tomás Guanipa afirmou na rede social X, antigo Twitter, que mais uma vez foi inabilitado politicamente pela Controladoria da Venezuela sem ser notificado.
“Vejo nas redes que a Controladoria de Miraflores pela terceira vez me inabilitou por 15 anos, como todas as outras vezes, sem me notificar.”
Carlos Ocariz também afirmou não ter sido notificado da perda dos direitos políticos.
“Ante os rumores surgidos no dia de hoje a respeito de uma suposta inabilitação (ninguém me notificou) para mim e outros companheiros; a resposta é clara e contundente: Edmundo para todo mundo! Em 28 de julho, com seu voto, vamos habilitar todos os nossos direitos.”
A farsa de Maduro está montada
Como mostrou Crusoé, a oposição venezuelana tem tentado de todas as formas participar das eleições de 28 de julho. No entanto, sempre que a coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) encontra uma maneira de contornar os obstáculos impostos pelo regime, o ditador Nicolás Maduro e seus comparsas inventam uma nova maneira de bloquear o acesso de seus rivais ao processo eleitoral, comprovando que a farsa está montada.
A candidata escolhida pela oposição era María Corina Machado. Em 2023, ela venceu com 90% dos votos as eleições primárias, que ocorreram em vários países. Em janeiro de 2024, o Tribunal Supremo de Justiça, composto por juízes indicados por Maduro, condenou a ex-deputada à inelegibilidade por 15 anos.
Sem poder seguir adiante, María Corina indicou a professora de filosofia Corina Yoris para assumir o seu lugar, mas a ditadura venezuelana impediu que ela pudesse se candidatar.
Mesmo assim, o presidente Lula (PT) está otimista com a farsa eleitoral do aliado venezuelano.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)