Caso Gabigol: integrante do júri diz: “tentaram incriminá-lo a todo custo”
De acordo com a presidente do TJD-AD, os oficiais mentiram durante o depoimento com o objetivo claro de prejudicar o atacante.
Selma Fátima Melo Rocha, vice-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), afirmou ter havido irregularidades dos agentes da ABCD, responsáveis pela coleta do material para realização do exame antidoping de Gabigol.
De acordo com Fátima, que votou pela absolvição do jogador no processo que condenou o atacante do Flamengo a 2 anos de suspensão, os oficiais mentiram durante o depoimento com o objetivo claro de “incriminar Gabigol a qualquer custo”.
Fátima ainda destacou várias falhas nos procedimentos de coleta de testes de dopagem que poderiam ter prejudicado a integridade do processo.
Inconsistências nos depoimentos e falta de seguimento dos padrões
Durante o julgamento, Fátima alegou que os oficiais da Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) ofereceram depoimentos contraditórios sobre o processo.
“Ora afirmam que foram impedidos de escoltar o Atleta, ora negam este fato. Cada DCO imputa ao outro a responsabilidade de escoltar o Atleta ao quarto. O DCO tem a obrigação de acompanhar o Atleta. Era responsabilidade deles, independentemente de qualquer situação apresentada. Ressalta-se que eles sequer tinham número suficiente de DCOs para acompanhar todos atletas que foram testados naquele dia”, relatou Fátima na decisão em colegiado do tribunal, divulgada pelo portal “Ge”.
“Fica evidente, portanto, que eles estão mentindo, devendo o depoimento deles ser totalmente descartado. Vislumbro um comportamento malicioso por parte dos DCOs para incriminar o Atleta a qualquer custo. Mas para ser incriminado, devem ser apresentados fatos gravíssimos, o que não houve no caso em tela”, completou.
Falhas no procedimento no caso Gabigol
Selma menciona a insuficiência de DCOs (Oficiais de Controle de Dopagem) para monitorar adequadamente todos os atletas testados naquela ocasião.
Além disso, procedimentos de coleta não seguiram os padrões internacionais exigidos, o que coloca em dúvida a validade dos testes realizados.
Decisão do colegiado e o posicionamento dos auditores
Apesar das alegações de Selma, a decisão do colegiado condenou Gabigol a 2 anos e suspensão.
Enquanto quatro auditores votaram pela absorção de Gabigol, baseados em inconsistências e erros procedimentais, cinco auditores decidiram pela condenação.
Estes argumentaram que, apesar das falhas, as provas contra o atleta eram suficientes para uma condenação.
Agora, o atacante aguarda o julgamento do seu recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para saber se terá a punição revogada e ou não.
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