China se prepara para lançamento de nave espacial tripulada
O lançamento da missão contará com os astronautas chineses Ye Guangfu, comandante da missão, Li Cong e Li Guangsu
A nave espacial Shenzhou-18 será lançada, nesta quinta-feira, 25, com tripulação a bordo, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, localizado no noroeste da China. A Agência Espacial de Missões Tripuladas da China (AEMT) anunciou o lançamento da missão que contará com os astronautas chineses Ye Guangfu, comandante da missão, Li Cong e Li Guangsu.
De acordo com a agência Lusa, os astronautas têm planos de realizar de duas a três atividades extraveiculares e seis saídas para entrega de carga durante os seis meses em órbita. Além da missão tripulada, a Shenzhou-18 também transportará equipamentos experimentais e amostras relacionadas para executar o primeiro projeto nacional de investigação ecológica aquática em órbita.
Ecossistema aquático estável
O projeto tem como foco principal o estabelecimento de um ecossistema aquático estável e circulante no espaço, com ênfase nas espécies de peixe-zebra e planta erva-do-peixe-dourado (Ceratophyllum demersum). Essa pesquisa tem o objetivo de compreender como esses organismos podem sobreviver e se desenvolver em ambientes espaciais.
A AEMT informou ainda que a China está em processo de seleção do quarto grupo de taikonautas, como são conhecidos os astronautas chineses. Esse grupo será responsável pelas próximas tarefas na estação espacial Tiangong (Palácio Celestial, em mandarim) e, posteriormente, pela realização de missões de aterrissagem lunar.
A agência espacial chinesa também revelou que pretende acelerar a pesquisa e incentivar a participação de astronautas e turistas espaciais estrangeiros nos voos para a estação espacial.
Retorno à Terra
A tripulação da Shenzhou-17, composta por Tang Hongbo, Tang Shengjie e Jiang Xinlin, está programada para retornar à Terra no dia 30 de abril. Essa tripulação substituiu a equipe da missão Shenzhou-16, que permaneceu seis meses na estação.
A estação espacial chinesa está prevista para operar por cerca de 15 anos em órbita, a uma distância de aproximadamente 400 quilômetros da superfície terrestre.
Se tudo ocorrer conforme planejado, em 2024 ela poderá se tornar a única estação espacial em funcionamento no mundo, caso a Estação Espacial Internacional seja retirada este ano. A China foi impedida de participar dessa iniciativa liderada pelos Estados Unidos devido aos laços militares do programa espacial chinês.
Nos últimos dez anos, Pequim tem investido significativamente em seu programa espacial e alcançado marcos importantes. Em janeiro de 2019, o país realizou com sucesso o pouso de uma sonda no lado mais distante da lua, tornando-se a primeira nação a conquistar esse feito histórico.
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