PF prende ex-deputado Wladimir Costa no Pará
O ex-deputado foi preso preventivamente "em razão de crimes eleitorais de violência política" praticados contra uma deputada federal nas redes sociais
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 18, o ex-deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade, foto) no Aeroporto Internacional de Belém, no Pará, por crimes eleitorais. Abordado ao chegar de voo à capital paraense, ele encaminhado ao sistema prisional do estado.
Segundo a PF, Wladimir Costa foi preso preventivamente “em razão da prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra deputada federal por meio das redes sociais.”
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará ordenou a exclusão das postagens em redes sociais que motivaram o mandado de prisão.
O nome da deputada federal não foi divulgado.
Quem é Wladimir Costa?
Wladimir Costa ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados entre 2003 e 2019. Em sua carreira política, ele acumulou duas condenações por perda de mandato no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), devido a gastos ilícitos em sua campanha eleitoral de 2014. No entanto, ele recorreu das decisões em “efeito suspensivo”.
Em 2018, ele tentou uma vaga no Senado, mas não foi eleito.
O ex-deputado ficou mais conhecido durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em duas ocasiões, durante discursos de líderes partidários para discutir o processo e durante a votação nominal do impedimento da petista, Wladimir Costa chamou a atenção ao estourar confetes no plenário da Câmara.
Além disso, Wladimir Costa ganhou notoriedade por defender o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Apesar de fazer parte da chamada “tropa de choque” de Cunha, o deputado surpreendeu ao mudar seu voto e contribuir para a cassação do colega.
Após a cassação de Cunha, Costa voltou sua defesa para o então presidente Michel Temer. O ex-parlamentar não apenas apoiou as iniciativas do Palácio do Planalto, como também fez uma tatuagem com o nome do presidente e uma imagem da bandeira do Brasil.
Essa atitude rendeu-lhe o apelido de “deputado da tatuagem”.
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