As rifas dos influenciadores que viraram caso de polícia
A Polícia do RJ cumpriu sete mandados de busca e apreensão contra influenciadores suspeitos de participar de um esquema que movimentou pelo menos 15 milhões de reais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira, 17, a Operação Sorte Grande para investigar influenciadores digitais suspeitos de fazer rifas ilegais pelas redes sociais e lesar seus seguidores em um esquema que movimentou pelo menos 15 milhões de reais.
Ao todo, os agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) cumpriram sete mandados de busca e apreensão contra cinco alvos, que somam mais de 28 milhões de seguidores nas redes sociais.
Entre os investigados estão Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico, com 15 milhões de seguidores; Samuel Bastos de Almeira, o Almeida do Grau, com 450 mil seguidores; e Nathanael Cauã Almeida de Souza , o Chefin, com 13,5 milhões de seguidores.
Eles são investigados por estelionato, crime contra a economia popular e associação criminosa.
Os mandados foram cumpridos em bairros nobres do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e em Magé, na Baixada Fluminense, onde estão localizadas as residências dos influenciadores.
A polícia espera identificar outros integrantes do grupo e localizar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro, com as buscas e apreensões.
As rifas
Os investigadores afirmam que os influenciadores promoviam rifas com prêmios em dinheiro, lotes de celulares, veículos de luxo e até mesmo apartamentos.
Eles simulavam a entrega dos bens mais valiosos para comparsas e publicavam os vídeos em seus perfis nas redes sociais, visando dar credibilidade ao negócio.
Segundo o delegado Luiz Henrique Marques, os prêmios mais simples eram dados aos ganhadores para estimular os jogos.
Em um sorteio valendo um carro e uma moto, realizado em 2023, cada tíquete custava 35 centavos.
O apostador deveria escolher números de zero a 9.999.999, num total de 10 milhões de combinações possíveis.
Em sorteios baseados na Loteria Federal, são usados cinco números de zero a nove, totalizando 100 mil combinações possíveis.
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