74% dos israelenses desaprovam atacar Irã sem ok dos aliados 74% dos israelenses desaprovam atacar Irã sem ok dos aliados
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74% dos israelenses desaprovam atacar Irã sem ok dos aliados

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Alexandre Borges
5 minutos de leitura 17.04.2024 05:21 comentários
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74% dos israelenses desaprovam atacar Irã sem ok dos aliados

A maioria dos cidadãos israelenses prefere manter alianças estratégicas mesmo após ataque iraniano com mísseis

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Alexandre Borges
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74% dos israelenses desaprovam atacar Irã sem ok dos aliados
ATTA KENARE / AFP

Uma recente pesquisa conduzida pela Universidade Hebraica revelou que três quartos da população de Israel estão contrários a uma retaliação ao Irã em resposta ao recente ataque com mísseis, caso tal ação venha a comprometer as alianças de segurança do país com seus aliados.

Realizada entre os dias 14 e 15 de abril, a pesquisa entrevistou 1.466 israelenses, incluindo judeus e árabes, e apontou que 74% dos entrevistados são contrários à retaliação de maneira isolada e contra os parceiros internacionais.

Líderes de países aliados, liderados pelos EUA, têm aconselhado Israel a não realizar ataques retaliatórios contra o Irã. A pesquisa também destacou que 56% dos israelenses acreditam que o país deve atender às demandas políticas e militares de seus aliados para garantir um sistema de defesa sustentável ao longo do tempo. Além disso, 59% dos respondentes sentem que o apoio dos EUA no incidente obriga Jerusalém a coordenar futuras ações de segurança com Washington.

Esses dados surgem em um momento de intensos conflitos na região, incluindo a guerra em andamento na Faixa de Gaza, o combate ao longo da fronteira israelense-libanesa e ataques persistentes de procuradores iranianos na região. O levantamento reflete uma população cautelosa, que prioriza a manutenção das alianças estratégicas mesmo diante de agressões externas.

O ataque iraniano ocorreu na madrugada de sábado, 13, quando o Irã disparou mais de 300 mísseis e drones contra Israel, tendo a maioria sido interceptada por um escudo de defesa aérea coordenado pelos Estados Unidos, que também envolveu forças de Israel, Reino Unido, França, Jordânia e, segundo relatos, com participação de radar e inteligência de alguns estados do Golfo, incluindo a Arábia Saudita. Apenas uma pequena parte dos mísseis atingiu seu alvo, causando danos menores, mas resultando em ferimentos graves em uma jovem.

Hamas agora oferece apenas 20 reféns

Na noite desta segunda-feira, 15, um oficial israelense de alta patente revelou, segundo matéria do Israel National News, que o Hamas concordou em libertar somente 20 dos 133 reféns detidos. Esta oferta está significativamente abaixo do número de reféns que Israel esperava ver libertados nas negociações atuais.

Segundo a fonte do Hamas, existem múltiplas razões para acreditar que o número reduzido de reféns a serem liberados pode indicar que muitos dos detidos inicialmente propostos já não estão vivos. Esta suspeita decorre de afirmações do grupo de que as mulheres, homens acima de 50 anos e aqueles com graves condições médicas, incluídos na negociação, podem estar mortos ou em poder de outras facções.

Paralelamente, o Hamas demanda a libertação de terroristas que cumprem penas longas em prisões israelenses, incluindo condenados por assassinatos, em troca de cada refém liberado. Adicionalmente, o grupo exige garantias internacionais que assegurem a completa suspensão das hostilidades como condição inicial para o acordo.

Fontes indicam que Yahya Sinwar, líder do Hamas, parece desinteressado em prosseguir com o acordo proposto. Acredita-se que ele espera que a pressão internacional sobre Israel aumente, permitindo que o Hamas continue seu combate, na expectativa de abrir uma nova frente de conflito na fronteira com o Líbano.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, comentou que, apesar das concessões significativas de Israel, é o Hamas que agora representa um obstáculo para o cessar-fogo. Miller destacou que a proposta incluía termos bastante favoráveis ao Hamas, que teriam permitido um cessar-fogo imediato de seis semanas em Gaza, beneficiando os cidadãos palestinos que o grupo alega representar.

Senadores republicanos e Donald Trump criticam Biden

Senadores republicanos aumentaram as críticas à política externa do presidente Joe Biden, especialmente após um ataque sem precedentes do Irã contra Israel, realizado neste sábado, 13. O ataque, que contou com mais de 300 mísseis e drones, foi uma resposta iraniana a um ataque aéreo israelense em Damasco, que resultou na morte de um alto oficial iraniano.

O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, expressou preocupação com a eficácia da dissuasão americana, citando que as advertências de Biden não foram suficientes para prevenir a ação iraniana. Outros republicanos, como a representante Nancy Mace e o ex-presidente Donald Trump, também criticaram a liderança de Biden, atribuindo o ataque à “grande fraqueza” dos EUA sob sua administração.

Trump, durante um comício na Pensilvânia, sugeriu que um incidente como esse não ocorreria em seu mandato, reforçando a narrativa de uma política externa enfraquecida. Em resposta, Biden convocou uma reunião de emergência do G7 para discutir o ataque, que ele descreveu como “descarado”.

A Casa Branca, através do porta-voz Andrew Bates, defendeu as ações de Biden, destacando que o presidente reforçou suas advertências ao Irã com medidas militares para assegurar a defesa de Israel. Esta resposta foi parte de um esforço para demonstrar o compromisso contínuo dos EUA com a segurança israelense, em contraste com as críticas recebidas de figuras republicanas.

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