Mauro Vieira tenta se explicar sobre falta de condenação ao Irã
Segundo o chanceler, o Itamaraty não tinha 'clareza' sobre o ataque do Irã a Israel quando a nota foi escrita
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tentou explicar nesta segunda-feira, 15, a nota emitida pelo Itamaraty sobre o ataque do Irã a Israel no sábado, 13, quando mais de 300 drones e mísseis foram disparados contra o território israelense.
Segundo o chanceler, o Itamaraty não tinha ‘clareza’ sobre a situação quando a nota foi escrita.
“A nota é isso, a nota foi feita, ela foi feita à noite, às 23h, quando todo movimento começou. E nós manifestamos o temor de que o assunto, o início da operação pudesse contaminar outros países. Mas isso foi feito a noite, em uma coisa, em um momento, em que não tínhamos claro a extensão ou o alcance das medidas tomadas e sempre fizemos, como fazemos sempre, um apelo para contenção e entendimento entre as partes”, afirmou o ministro.
“O Brasil condena sempre qualquer ato de violência e o Brasil conclama sempre ao entendimento entre as partes”, acrescentou.
A nota do Itamaraty
No sábado, 13, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o governo brasileiro viu “com grave preocupação” os “relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”.
Como mostrou Crusoé, a nota colocou o Irã como vítima da história.
“O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.”
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.”
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