Eduardo Paes quer ficar bem com todo mundo
Em meio à pressão do PT, o prefeito do Rio de Janeiro tenta atrair o apoio de siglas ligadas ao bolsonarismo no estado para facilitar sua reeleição em outubro
Em meio à pressão do PT, de Lula, para indicar o candidato a vice, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), tenta atrair o apoio de siglas ligadas ao bolsonarismo no estado, como União Brasil, PP e MDB, para facilitar sua reeleição em outubro.
Segundo a Folha de S.Paulo, o objetivo do prefeito é dificultar a tentativa de nacionalização da campanha por parte do deputado Alexandre Ramagem (PL), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro na capital fluminense.
A estratégia de Paes é apresentar-se como representante de uma frente mais ampla voltada para a cidade, e não apenas como aliado de Lula.
Os aliados de Paes
Até o momento, o Republicanos é o único partido de centro-direita que embarcou no projeto de reeleição de Eduardo Paes.
No Rio de Janeiro, a sigla é presidida pelo prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro, marido da ex-ministra do Turismo Daniela do Waguinho e forte aliado de Lula.
Além disso, o prefeito conquistou o apoio de partidos de centro-esquerda, como PT, PSB, PDT e outros menores.
Dificuldades
A grande dificuldade enfrentada por Eduardo Paes para viabilizar o apoio de partidos ligados a Jair Bolsonaro e ao governador Cláudio Castro é a resistência em negociar a escolha do candidato a vice em sua chapa.
Devido a seu potencial para disputar o governo estadual em 2026, o cargo é bastante disputado pelas legendas. Se decidir ser candidato ao Palácio da Guanabara, Paes deverá deixar o cargo de prefeito, abrindo espaço para o vice assumir o mandato até 2028.
De acordo com o jornal, o prefeito deseja indicar um membro do seu grupo político para vice. O nome preferido é o do deputado federal Pedro Paulo (PSD). Outro nome cotado é o do presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD).
Apesar da expectativa de que uma das opções de vice se filiasse ao União Brasil, o fechamento da janela partidária demonstrou que Paes não quis dividir seus aliados nos partidos que pretende atrair.
Nem Pedro Paulo nem Carlos Caiado deixaram o partido na janela eleitoral.
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