A última sexta-feira foi palco de protestos marcantes no Brasileirão Feminino. Jogadoras de equipes como Palmeiras, Avaí e Corinthians manifestaram-se contra a recente recontratação de Kleiton Lima pelo Santos, após acusações de assédio que haviam resultado em sua demissão anterior. Este gesto de repúdio coloca em destaque a luta contínua contra o assédio no esporte.

O Protesto Silencioso que Ecoa Forte

As manifestações aconteceram em partidas distintas, tendo um forte momento de protesto durante o jogo entre Santos e Corinthians, realizado na Vila Belmiro. As jogadoras do time visitante posicionaram-se de maneira a cobrir a boca e os ouvidos durante a execução do Hino Nacional, simbolizando a resistência contra o silenciamento e a negligência às acusações de assédio. Este ato não foi acompanho pelas jogadoras do Santos, equipe da casa.

União e Força através de Símbolos

Em outra frente, a partida entre Palmeiras e Avaí, disputada em Jundiaí, também foi cenário para uma expressiva forma de protesto. Antes do pontapé inicial, as atletas de ambas as equipes uniram-se em campo, tapando suas bocas em uma clara referência à tentativa de silenciamento das vítimas. Destacaram-se as jogadoras Letícia, do Palmeiras, e Siméia, do Avaí, que posicionaram-se de costas para a câmera, exibindo o número 19 em suas camisas, alusão direta às 19 cartas com acusações de assédio mencionadas em reportagem.

Repercussão e Respostas

O retorno de Kleiton Lima ao comando técnico do Santos foi anunciado no dia 2 de abril de 2024, decisão que gerou ampla controvérsia e debate. Sua demissão, meses antes, fora motivada por uma série de acusações graves, levando o elenco do Santos a relatar casos de assédio moral e sexual. O técnico, por sua vez, refutou as alegações, mas o cenário levou à sua saída. Seu pedido de reabertura do inquérito, enfocando uma carta específica, salienta a complexidade e a gravidade do caso.

A Luta Continua

Os protestos no Brasileirão Feminino não apenas chamam atenção para a situação específica envolvendo Kleiton Lima, mas também ressaltam a necessidade premente de combate ao assédio e à violência contra a mulher no esporte. Estas manifestações refletem a crescente conscientização e a insistência das atletas em buscar um ambiente esportivo seguro e respeitoso.