O novo desafio de Cardozo, defensor de Dilma no impeachment
Cardozo assumiu a defesa do empresário e influenciador fitness Renato Cariani, réu por tráfico de drogas
Ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma Rousseff no processo que terminou com o impeachment da petista, em 2016, José Eduardo Cardozo (foto) assumiu a defesa do empresário e influenciador fitness Renato Cariani.
Cariani é réu por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro na Justiça paulista. Ele e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo por desvio de substâncias químicas para a produção de drogas.
O escritório de advocacia de José Eduardo Cardozo informou à juíza Maria da Conceição Vendeiro, da 3ª Vara Criminal do Foro de Diadema, que entraria na defesa de Cariani na quarta-feira, 10.
À Veja, Cardozo afirmou não ter dúvidas da inocência do influenciador.
“Quando aceitei o caso, fiquei assustado com a ausência de provas. A opinião pública foi induzida ao erro. Eles serão absolvidos, certamente”, disse.
Além do influenciador digital, outras quatro pessoas se tornaram rés por tráfico de drogas, entre eles Roseli Dorth, sócia-administrativa da indústria química Anidrol, empresa pertencente a Cariani, e Fábio Spinola, amigo de Cariani.
As investigações tiveram início em 2019, quando a farmacêutica AstraZeneca denunciou fraudes em notas fiscais emitidas pela Anidrol. A empresa suspeitava do desvio de produtos químicos, os quais eram destinados à produção de entorpecentes. Fábio Spinola também é acusado de realizar depósitos em espécie na conta da Anidrol em nome da AstraZeneca, utilizando um falso e-mail.
Operação Hinsberg
Em dezembro de 2023, Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo e a Receita Federal deflagraram a Operação Hinsberg para desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de produtos químicos para a produção de drogas.
Ao todo, os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Na residência de Fábio Spinola, a PF apreendeu 100 mil reais em espécie.
As investigações revelaram que a empresa desviava solventes utilizados na produção de cocaína e crack, emitindo notas fiscais falsas para empresas farmacêuticas renomadas no mercado. Mais de 60 notas fraudulentas foram identificadas pelos investigadores.
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