Anistia Internacional chama terrorista condenado de “autor” e gera revolta
A organização de direitos humanos gerou revolta após minimizar histórico criminal de palestino
A descrição de Walid Deka, palestino condenado por sequestro e assassinato do soldado israelense Moshe Tamam, como “autor” pela Anistia Internacional, desencadeou uma avalanche de críticas à organização de direitos humanos.
Disse a postagem, reproduzida ao final:
“A morte sob custódia de Walid Daqqa, um escritor palestino de 62 anos que foi o prisioneiro palestino mais antigo nas prisões israelenses após 38 anos de prisão, é um lembrete cruel do desrespeito de Israel pelo direito dos palestinos à vida.”
O caso Deka, que faleceu de câncer no Hospital Assaf Harofeh após 38 anos de encarceramento, mostra como muitas organizações internacionais têm dificuldades de classificar terroristas como terroristas quando o alvo é Israel.
A controvérsia veio à tona quando a Anistia Internacional publicou uma postagem referindo-se a Deka apenas por escritor, omitindo completamente seu passado terrorista. A publicação, que alcançou milhões de visualizações, foi recebida com indignação generalizada nas redes sociais.
Leitores e críticos da postura da entidade apontaram para uma possível desconsideração da gravidade dos atos de Deka, levantando questões sobre a imparcialidade da organização e a adequação de suas homenagens. A repercussão negativa culminou em um apelo da organização B’Tsalmo ao ministro das finanças de Israel, Bezalel Smotrich, para acelerar a retirada do financiamento governamental à Anistia Internacional, alegando antissemitismo nas práticas da organização.
A defesa da organização, que enfatizou a independência de sua filial israelense e a política de sempre contextualizar a história dos prisioneiros mencionados, não aplacou as críticas.
Terrorista, assassino e condenado à prisão perpétua
Walid Deka foi um árabe-israelense condenado à prisão perpétua por seu envolvimento no sequestro e assassinato do soldado das Forças de Defesa de Israel, Moshe Tamam, em 1984. Deka foi membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP), uma organização terrorista. Nos anos 90, ele se juntou ao movimento Balad, uma partido político árabe-israelense, e chegou a fazer parte de sua liderança.
Em 2012, o então presidente de Israel, Shimon Peres, comutou sua sentença de prisão, um ato que gerou controvérsia dada a gravidade de seus crimes. Alega-se que, em 2020, Deka teve uma filha ao contrabandear seu esperma para fora da prisão, uma prática reportada entre prisioneiros palestinos condenados que desejam ter filhos apesar de suas longas sentenças.
Nos últimos anos de sua vida, campanhas foram lançadas pedindo sua libertação devido à deterioração de sua saúde. Apesar desses esforços, Deka morreu na prisão aos 62 anos.
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