Banco aciona Justiça para apreender bens de Jair Renan Bolsonaro
Ação do Santander contra o filho do ex-presidente visa levantar o valor de uma dívida de R$ 360 mil
O banco Santander acionou a 1ª Vara da Justiça de Brasília para cobrar uma dívida de R$ 360 mil de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A instituição financeira pede que seja realizada uma pesquisa sobre imóveis, veículos ou outros bens dele para “penhora ou arresto de suas propriedades”, para que o valor seja pago.
O Santander acusa Jair Renan de não cumprir um acordo firmado em junho deste ano, quando o filho “04” de Bolsonaro reconheceu a dívida de um empréstimo contratado anos atrás. O acordo firmado previa o parcelamento de uma dívida de R$ 291 mil, com promessa de pagamento em 60 meses, até 2028.
Jair Renan, porém, não depositou nenhuma parcela. Com isso, o valor subiu para R$ 360 mil.
O banco informou que desde dezembro do ano passado, quando teve início o processo, foram realizadas diversas tentativas para localizar o filho do ex-presidente, todas sem sucesso. O Santander também acionou a empresa RB Eventos e Midia LTDA, com sede em Brasília, aberta pelo investigado.
O filho do ex-presidente não se manifestou sobre a ação da instituição financeira
Lavagem de dinheiro
Jair Renan também é acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A investigação começou com a operação Nexum, da Polícia Civil do DF, que apurou o esquema de estelionato, entre outros ilícitos.
Em 25 de março, 5ª Vara Criminal do DF tornou réu Jair Renan Bolsonaro e outras cinco pessoas pelos crimes apontados pelo Ministério Público. Ao acolher a denúncia, a Justiça a Justiça afirmou que ela cumpre “os requisitos necessários para dar início à persecução penal em juízo”.
As suspeitas recaem sobre uma declaração de um faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro JR Eventos e Mídia, entre julho de 2021 e julho de 2022. Além do filho do ex-presidente, a Polícia Civil do DF havia indiciado, em março, o instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho, amigo de Jair Renan e sócio da empresa de eventos.
O documento da empresa, que tem uma suposta assinatura de Jair Renan, foi apreendido na casa do ex-assessor do filho do ex-presidente durante uma operação deflagrada em novembro do ano passado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária. Ele nega que tenha assinado os documentos.
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