Ben-Gvir ameaça derrubar Netanyahu se ele não invadir Rafah
Itamar Ben-Gvir, ministro da segurança de Israel, disse que deixaria de apoiar Benjamin Netanyahu se o primeiro-ministro não lançasse uma ofensiva em Rafah.
Itamar Ben-Gvir, ministro da segurança de Israel, disse que deixaria de apoiar Benjamin Netanyahu se o primeiro-ministro não lançasse uma ofensiva em Rafah.
O governo israelense está sob crescente pressão internacional para não lançar o ataque planejado a Rafah, onde há milhares de refugiados de outras partes de Gaza. Mas Netanyahu também enfrenta apelos dos seus próprios ministros para não ceder a esta pressão. Ben-Gvir disse nessa segunda-feira, 8: “Se o primeiro-ministro decidir acabar com a guerra sem um ataque extenso a Rafah, a fim de derrotar o Hamas, ele não terá mandato para continuar a servir como primeiro-ministro”.
A coligação governante de Netanyahu detém 64 assentos no Knesset, de 120 membros. A coligação inclui dois partidos de extrema-direita liderados por Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, que têm 13 assentos combinados. Sessenta e um assentos são necessários para um governo de maioria.
O ministro das finanças de Israel, Bezalel Smotrich, também emitiu uma declaração para convocar uma reunião do gabinete de segurança, acusando Netanyahu de “prejudicar” os interesses de segurança de Israel ao retirar as tropas. Ele se referia à retirada dos soldados da parte sul da Faixa anunciada no domingo, que segundo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, seria para prepará-los para a ofensiva em Rafah.
Priorizar os reféns
Há muitos que discordam da forma como Israel conduziu a sua guerra em Gaza e vários protestos ocorreram por aqueles que sentem que o regresso dos reféns não está sendo suficientemente priorizado.
Israel e o Hamas enviaram equipes ao Egito no domingo, 7, após a chegada, no sábado, do diretor da CIA, William Burns, cuja presença sublinhou a crescente pressão dos EUA por um acordo que libertaria os reféns detidos em Gaza e levaria ajuda aos civis feridos. Um representante do Hamas disse, porém, à Reuters, na segunda-feira, 8, que não houve progresso: “Não há mudança na posição da ocupação e, portanto, não há nada de novo nas conversações do Cairo”.
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