Petrobras, meta fiscal e inflação no radar da semana
Próximos dias devem manter agitação das últimas sessões e manter a volatilidade dos ativos nacionais em alta
Após o cancelamento da reunião de domingo, 7, marcada pelo presidente Lula com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) para discutir a crise da Petrobras, o mercado financeiro inicia a semana sob a expectativa de que uma solução para a estatal deve ser apresentada nos próximos dias.
Na semana passada, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, esteve nos centro das atenções com diversos rumores sobre a saída dele do cargo. Aloizio Mercadante, presidente do BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social), tem sido o nome mais repetido como possível substituto.
Ainda no cenário político econômico, o governo deve apresentar nos próximos dias a meta fiscal para 2025. A equipe econômica vinha defendendo o objetivo de superávit de 0,5%, mas o número entrou em avaliação por causa de uma possível frustração das receitas esperadas para o orçamento do ano que vem.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, chegou a dizer recentemente que o objetivo fiscal estava “sobre a mesa” para debate. “O que posso adiantar é que está na mesa a rediscussão da meta de 2025. Acho que a busca de receitas está se exaurindo. Ninguém quer aumentar a carga tributária”. O número deve ser apresentado até a divulgação do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) do ano que vem, que deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 15.
Além disso, a agenda econômica ainda traz o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de março. A expectativa do mercado é de forte desaceleração nos preços que devem ter avançado 0,23%, de acordo com levantamento da Bloomberg com economistas, contra 0,83% em fevereiro.
Na leitura anual, a pressão sobre os preços deve recuar de 4,5% acumulados nos doze meses encerrados em fevereiro, para 4% no período terminado no mês passado. Nas últimas duas divulgações (sobre os números de janeiro e fevereiro), a inflação ficou acima da mediana das expectativas de mercado, um dos motivos a pressionar a taxa de juros básica esperada para o fim do ciclo de cortes da Selic pelo Banco Central.
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