Óculos melhoram renda
Estudo publicado no The New York Times revelou que trabalhadores que passaram a usar óculos aumentaram a renda em 33%
Um estudo publicado no The New York Times revelou que trabalhadores míopes em Bangladesh que receberam óculos de leitura gratuitos tiveram um aumento de renda de 33% em comparação com aqueles que não os receberam.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a falta de acesso a óculos corretivos impede o aprendizado entre estudantes jovens, aumenta a probabilidade de acidentes de trânsito e força muitos trabalhadores de meia idade, tanto em fábricas quanto na agricultura, a deixar a força de trabalho prematuramente.
O estudo acompanhou mais de 800 adultos em áreas rurais de Bangladesh, muitos dos quais trabalham em empregos que exigem atenção aos detalhes. Metade dos participantes, incluindo colhedores de chá, tecelões e costureiras, entre 35 e 65 anos, foi escolhida aleatoriamente para receber um par de óculos de leitura gratuitamente, enquanto o outro grupo não recebeu óculos. Oito meses depois, aqueles com óculos tiveram um aumento significativo na renda, ganhando em média US$ 47,10 por mês, contra US$ 35,30 dos que não tinham óculos.
A pesquisa adicionalmente destacou a importância da visão corrigida no desempenho econômico, incentivando governos a considerarem intervenções de cuidados com a visão como transformadoras para a saúde pública. Especialistas apontam que, em comparação com outros desafios de saúde mais complexos, resolver problemas básicos de visão é relativamente barato. Óculos podem ser produzidos por menos de US$ 2 o par, e os ajustes geralmente são realizados por trabalhadores comunitários que podem ser treinados em apenas um dia.
A pesquisa enfatiza não apenas o impacto econômico direto da correção visual, mas também os desafios enfrentados na distribuição de óculos em algumas regiões, como estigmas sociais, particularmente entre mulheres. VisionSpring, uma organização sem fins lucrativos que participou do estudo, distribui mais de dois milhões de pares de óculos por ano na Ásia do Sul e na África.
Os resultados reforçam a necessidade de iniciativas focadas em prover soluções de baixo custo para problemas de visão, potencialmente transformando a vida de indivíduos e comunidades inteiras.
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