Crise no INSS: atrasos em perícias médicas afetam milhares pelo Brasil
Entenda como funciona a crise nos atendimentos do INSS.
A produtividade dos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sofreu uma redução drástica, afetando diretamente quase 100 mil cidadãos que dependem mensalmente de seus serviços.
Este cenário foi destacado em um recente levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que também apontou outros fatores contribuintes para a deterioração da qualidade do atendimento prestado pelo órgão.
É alarmante observar que, além da queda na produtividade dos peritos, foram identificados problemas como a alocação ineficiente de recursos humanos, metas de desempenho inadequadas e deficiências significativas na infraestrutura tecnológica.
Esses elementos criam um ciclo negativo que compromete a eficácia dos serviços oferecidos à população.
Qual a área que é impactada?
Um dos serviços mais impactados por essa situação são as perícias médicas, fundamentais para o acesso a benefícios de prestação continuada (BPC) à pessoa com deficiência e previdenciários por incapacidade.
A legislação determina que essas perícias devem ser realizadas em até 45 dias, mas essa norma só é cumprida em seis estados brasileiros.
Em média, o tempo de espera para o atendimento chega a 82 dias, um atraso considerável que afeta diretamente a vida dos requerentes.
Quais os estados com maior tempo de espera?
Alguns estados apresentam uma realidade ainda mais crítica, com tempos de espera que ultrapassam 200 dias.
A situação é particularmente alarmante em Rondônia, Tocantins e Amazonas, onde os prazos de espera chegam a 247, 226 e 221 dias, respectivamente, conforme apontado pelo ministro relator Aroldo Cedraz.
Tais atrasos representam não apenas uma falha logística, mas uma verdadeira barreira no acesso a direitos básicos e essenciais da população.
Medidas sugeridas pelo TCU
Diante deste panorama preocupante, o Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério da Previdência Social (MPS) que promova ajustes nas metas diárias estipuladas pelo Programa de Gestão e Desempenho da Perícia Médica Federal (PGDPMF).
O objetivo é assegurar que as jornadas de trabalho dos peritos estejam alinhadas com a legislação vigente, visando uma melhoria qualitativa nos serviços prestados.
Enquanto o INSS não responde às questões levantadas, a população continua em busca de soluções que possam minimizar o impacto desses atrasos em suas vidas.
É fundamental que o órgão juntamente com o MPS adotem medidas efetivas para reverter esse quadro, demonstrando um comprometimento real com o bem-estar dos cidadãos.
As repercussões dessa crise no atendimento do INSS são profundas, afetando a vida de centenas de milhares de brasileiros.
A eficiência e a empatia devem ser os pilares para a reconstrução da confiança no sistema previdenciário do país, garantindo que o direito ao acesso e à rapidez nos serviços seja uma realidade para todos.
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