David Cameron compara Putin a Hitler
Ex-primeiro-ministro britânico compara Putin a Hitler e diz que Europa enfrenta crise semelhante a 1938
O ex-primeiro-ministro e atual chanceler britânico, lorde David Cameron, fez uma comparação entre Vladimir Putin e Adolf Hitler, alertando que a Europa enfrenta uma crise comparável à vivida em 1938, em meio a temores de que o mundo esteja à beira de uma nova era pré-guerra.
Cameron ressaltou a necessidade de “vencer o argumento pela OTAN novamente”, no contexto do 75º aniversário da criação da aliança militar intergovernamental. Ele também a atual situação com a Rússia à enfrentada pela Grã-Bretanha e França na conferência de Munique em 1938 com a Alemanha Nazista: “o que enfrentamos hoje é tão simples quanto naquela época. Temos um tirano na Europa tentando redesenhar fronteiras à força, e há duas escolhas. Ou você apazigua essa abordagem ou a confronta”.
Durante um discurso em Bruxelas, promovido pelo Royal United Services Institute, Lord Cameron enfatizou a necessidade de demonstrar a “relevância” da OTAN para as novas gerações, que não cresceram sob a ameaça da Guerra Fria. Ele argumentou que, além de enfrentar a ameaça representada pela Rússia à Ucrânia, é essencial resgatar um argumento fundamental: a OTAN permite que os países escolham seu próprio futuro.
Esses comentários refletem preocupações similares expressas pelo Secretário da Defesa, Grant Shapps, que sugeriu que os aliados da OTAN devem aceitar que estamos vivendo em “um mundo pré-guerra”. Shapps alegou que os países que não destinam dois por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) à defesa estão jogando “roleta russa” com o futuro do ocidente.
Shapps, em artigo para o The Telegraph, defendeu o aumento dos gastos militares, apontando que, apesar de dez anos desde que os países da OTAN concordaram em destinar 2% do PIB para defesa, e espera-se que 18 dos 32 membros alcancem essa meta em 2024, de apenas três em 2014, ainda não é o suficiente.
Os ministros das Relações Exteriores da OTAN estão discutindo a possibilidade de um fundo militar sem precedentes para a Ucrânia, que veria os membros da aliança comprometendo-se com US$ 100 bilhões ao longo de cinco anos para garantir suporte de longo prazo, mesmo diante de uma presidência de Trump.
As propostas, lideradas pelo secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, dariam ao bloco de segurança um papel mais direto na coordenação do fornecimento de armas, munições e equipamentos à Ucrânia, enquanto combate a invasão russa.
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