Mesmo com intervenção do BC, dólar sobe contra o real
Moeda americana acumula alta de 4% contra o real no ano e está no maior patamar desde outubro do ano passado
O preço da moeda americana à vista se encaminha para encerrar as negociações em alta. Depois de chegar a 5,02 reais na mínima do dia, o dólar passou a subir mesmo com a intervenção do Banco Central para tentar frear a alta da divisa americana.
A autoridade monetária realizou nesta terça-feira, 2, um leilão extraordinário de swap cambial em que vendeu 4 mil contrato para janeiro de 2025 (equivalente a 200 milhões de dólares) e outros 16 mil contratos com vencimento em abril do ano que vem.
As taxas negociadas foram de 6,433% e 6,513% nos contratos para janeiro de 2025 e 6,369% e 6,367% para abril do mesmo ano.
De acordo com informação do próprio Banco Central, a operação tinha como objetivo “a manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio, em face da demanda por instrumentos cambiais resultante dos efeitos do resgate de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3) em 15/4/2024“.
Esse títulos a que a autarquia se refere são papéis com valor nominal atualizado pela variação da cotação de venda do dólar. A proximidade do vencimento pode gerar uma busca desproporcional no mercado pela moeda estrangeira e pressionar o câmbio.
A estratégia, no entanto, não parece ter conseguido frear a apreciação da moeda americana contra a brasileira, mesmo em um dia de enfraquecimento do dólar contra as principais moedas do mundo. O índice DXY, que compara a divisa dos Estados Unidos com uma cesta de moedas de países desenvolvidos, operou em baixa desde as 6h da manhã (horário de Brasília).
Além disso, em um apanhado com 23 moedas emergentes somente oito perderam para a americana na sessão desta terça-feira, 2, com o real entre elas.
O Banco Central ainda não informou se haverá novos leilões extraordinários para “a manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio”.
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