Datafolha: maioria considera que data do golpe deve ser desprezada
Essa é a posição de 63% dos entrevistados, enquanto 28% veem motivo para celebração do 31 de março
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 30, mostra que a maioria dos brasileiros considera que a data que marcou o início da ditadura militar no país, o 31 de março de 1964, deve ser desprezada.
Essa é a posição de 63% dos entrevistados, enquanto 28% veem motivo para celebração. Outros 9% não souberam responder.
O Datafolha aponta para uma mudança na opinião dos eleitores brasileiros.
Em abril de 2019, 36% dos entrevistados afirmaram que a data deveria ser celebrada. Na ocasião, 57% consideravam que a data deveria ser desprezada e 7% que não sabiam opinar.
Entre os autodeclarados bolsonaristas, a pesquisa divulgada neste sábado aponta 58% dizem que a data deve ser desprezada e 33%, que merece celebração.
Já entre os petistas, 68% defendem o desprezo à data do golpe e 26%, o elogio ao 31 de março.
O Datafolha ouviu 2.002 pessoas em 19 e 20 de março. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
60 anos do golpe militar
Em 2024, o golpe militar de 1964 completa exatos 60 anos. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou recentemente não ver motivos para celebração.
Como mostrou Crusoé, embora tenham sido fiéis à democracia no momento em que muitos pediram que apoiassem um golpe de Estado, as Forças Armadas abrigam oficiais que desejavam uma ruptura e não nutrem simpatia nenhuma pelo PT.
Para entrar no jogo de Lula, os militares precisaram ser agraciados com verbas bilionárias e com a garantia de que não terão seus interesses questionados.
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