Poluição do ar mata mais de 80 mil no Brasil
Descubra como a poluição do ar afeta a saúde pública, causando 80 mil mortes no Brasil e veja as cidades mais impactadas.
Um recente estudo divulgado por uma coalizão internacional trouxe à tona dados alarmantes sobre o impacto da poluição atmosférica na saúde pública. Segundo a pesquisa, a poluição é responsável por cerca de 80 mil óbitos anuais no Brasil e alcança a cifra de sete milhões de mortes em todo o globo. Com o objetivo de avaliar a qualidade do ar, o estudo percorreu cidades de 134 países, focando na presença de partículas finas conhecidas como material particulado ou aerossóis.
A análise revela que, no território brasileiro, uma única cidade, Fortaleza, situada no estado do Ceará, encontra-se dentro dos limites aceitáveis estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, mesmo nesta cidade, estima-se que as complicações decorrentes da poluição atmosférica resultem em cerca de 400 mortes por ano, segundo informações veiculadas pela prefeitura local.
Quais as Cidades Mais Afetadas no Brasil?
Xapuri, localizada no estado do Acre, destaca-se negativamente com o pior índice de poluição do país no ano de 2023. Manaus, capital do Amazonas, segue no ranking como a capital com os piores resultados. Um dos principais fatores para tal situação foi a severa seca enfrentada na região no ano precedente, intensificada por queimadas devastadoras.
“Um El Niño extremamente exacerbado observado no último ano contribuiu significativamente para o cenário atual”, explica Marco Aurélio Franco, docente do departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). O especialista também comenta que as queimadas intensificam a emissão de partículas na atmosfera, prejudicando a visibilidade e a qualidade do ar.
Como São Paulo se Posiciona Neste Cenário?
Na vasta região metropolitana de São Paulo, Osasco apresenta-se com a segunda qualidade de ar mais degradante do país, seguida de Guarulhos e São Caetano do Sul. A capital paulista, por sua vez, registra níveis que superam em duas a três vezes os padrões recomendados pela OMS. Um dos grandes vilões desse cenário é o diesel, combustível cuja combustão configura uma ameaça silenciosa.
Segundo Marco Aurélio, “aproximadamente 5% dos veículos de São Paulo são movidos a diesel, contudo, esses correspondem a quase metade das emissões de poluentes”. Nesse contexto, Ubiratan De Paula Santos, médico da Divisão de Pneumologia do InCor e professor colaborador da Faculdade de Medicina da USP, alerta para a baixa capacidade de defesa do organismo humano frente aos poluentes químicos.
As Principais Consequências para a Saúde
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- Doença coronariana
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- Infarto do miocárdio
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- Isquemia cerebral ou acidente vascular cerebral
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- Câncer de pulmão
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- Câncer de bexiga
Diante dos fatos apresentados, fica evidente a necessidade urgente de políticas públicas efetivas voltadas para a melhoria da qualidade do ar. Ações que envolvam tanto a redução das fontes de poluição quanto a promoção de alternativas sustentáveis podem significar a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas anualmente.
Ações Necessárias para Mudança
Para reverter este quadro alarmante, medidas como o incentivo ao uso de transportes coletivos e alternativos, a adoção de fontes de energia renováveis e o reflorestamento de áreas degradadas são fundamentais. Além disso, o investimento em tecnologias limpas e a conscientização sobre os efeitos nocivos da poluição atmosférica podem desempenhar um papel crucial na preservação da saúde pública e na garantia de um futuro mais limpo e sustentável para as próximas gerações.
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