As meditações do papa Francisco na sexta-feira santa
Na sexta-feira santa, Francisco vai comandar a missa da "Paixão do Senhor" na Basílica de São Pedro e depois participar da tradicional procissão noturna da Via Crucis no Coliseu de Roma.
O papa Francisco parecia bem ao iniciar na quinta-feira, 28 de março, quatro dias intensos de eventos até a Páscoa.
Francisco, que recentemente reduziu seus compromissos com discursos devido à fadiga relacionada a crises de bronquite e gripe, leu uma longa homilia durante a “Missa do Crisma” na Quinta-feira Santa, na Basílica de São Pedro.
Ele pediu aos seus sacerdotes que fossem compassivos, admitissem quando “se desviassem do caminho da santidade” e evitassem duplicidade, desonestidade e hipocrisia.
Durante a missa, o papa, de 87 anos, renovou seus votos junto com milhares de sacerdotes na basílica e abençoou os óleos que serão usados nos sacramentos da Igreja.
Ainda na quinta-feira, 28, Francisco presidiu um ritual tradicional de lava pés na seção feminina de uma prisão de Roma.
Francisco é o primeiro papa a realizar a cerimônia de lava pés fora das igrejas, geralmente em prisões, lares de idosos ou hospícios, dando continuidade a uma prática que ele iniciou quando era arcebispo de Buenos Aires.
Ele também é o primeiro papa a incluir mulheres e não cristãos no evento. A cerimônia ecoa o gesto de humildade de Jesus para com seus apóstolos na noite anterior à sua morte.
Na Sexta-feira Santa, o dia em que os cristãos marcam a crucificação de Jesus, Francisco vai comandar a missa da “Paixão do Senhor” na Basílica de São Pedro e depois participar da tradicional procissão noturna da Via Crucis no Coliseu de Roma.
Ele presidirá uma cerimônia de Vigília Pascal no sábado e, no domingo, lerá sua mensagem e bênção “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo) duas vezes por ano da sacada central de São Pedro para dezenas de milhares de pessoas na praça.
As meditações do papa Francisco
O Papa Francisco publicou as suas reflexões para a Via Sacra da Sexta-feira Santa, dizendo que “com Deus, o sofrimento nunca tem a palavra final”.
As meditações do Papa Francisco na Via Sacra desta Sexta-Feira Santa abordam os sofrimentos de Jesus no caminho do Gólgota, o olhar amoroso de Maria, as mulheres que oferecem a sua ajuda, Simão Cireneu e José de Arimatéia.
São figuras que provocam um exame de consciência que depois se torna oração, com uma invocação final que repete o nome de Jesus quatorze vezes.
A jornada de Jesus ao longo da Via Sacra, nas meditações do Papa Francisco, expõe lições sobre oração, compaixão e perdão.
O silêncio de Jesus diante da condenação injusta demonstra o poder transformador do sofrimento oferecido como dom.
Apesar dos fardos que carregamos, reflete Francisco, Jesus nos convida a encontrar conforto Nele, demonstrando que o amor nos impulsiona para frente, permitindo-nos levantar-nos mesmo depois de cair.
Maria é apresentada como um presente para a humanidade. A assistência de Simão Cireneu no transporte da cruz suscita a reflexão sobre a dificuldade de procurar ajuda nos desafios da vida, sublinhando a importância da humildade e da confiança nos outros.
Em meio à condenação e ao escárnio da multidão, o ato de compaixão de Verônica, que enxuga o rosto de Jesus, ilustra o amor em ação.
Apesar do peso da humilhação e da derrota, a resiliência de Jesus ao levantar-se depois de cair (sétima estação) reflete as nossas próprias lutas com as pressões da vida e a nossa capacidade de redenção através do perdão de Deus.
O encontro com as mulheres de Jerusalém suscita o reconhecimento da grandeza muitas vezes esquecida das mulheres, que demonstram profunda empatia e compaixão.
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