PF foi mobilizada contra perfil fake de Lewandowski?
Investigação sobre perfil falso do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, joga por terra esforço da PF de se manter um órgão relevante
O Brasil, definitivamente, é feito de cidadãos de primeira e segunda classe. É uma conclusão triste, nefasta, mas que beira o óbvio ululante ao ter notícias de ações, como a desencadeada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 28, e que beneficia única e exclusivamente o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Como mostramos mais cedo, a PF cumpriu, nesta quinta-feira, 28, um mandado de busca e apreensão para investigar a criação de um perfil falso no Instagram do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Sim, isso mesmo que você leu… policiais federais foram deslocados para Osasco, em São Paulo, para investigar algum desocupado de ocasião que resolveu criar um perfil fake do ministro da Justiça.
A ação foi batizada de “Operação Inverídico”. Segundo a PF, há a possibilidade de que essa “organização criminosa” tenha criado outros perfis falsos envolvendo autoridades públicas.
Eis o que justifica a PF sobre esse caso:
“A investigação terá continuidade para esclarecer qual era o objetivo do investigado com a criação de perfil falso, bem como para verificar se outras autoridades públicas foram vítimas desse crime.”
Em tempos de internet, o que não falta é gente sem muita perspectiva de vida com o desejo pueril de se passar por alguém relevante. Isso acontece com ministros, influenciadores, políticos, cantores, artistas etc. É uma atitude lícita? Não. Mas, fica o questionamento: qual é a relação custo-benefício aos cofres públicos ao se mandar uma equipe da PF investigar um grupo de desocupados que simplesmente resolveu encarnar a aura do ministro da Justiça?
Em resumo: se esse cidadão – provavelmente um jovem inconsequente – não tem mais o que fazer, acredita-se que a PF tenha. E fazer uma operação por esse motivo fútil, infelizmente, joga contra a credibilidade de um órgão tão essencial para a democracia como a Polícia Federal.
Eis a PF nos tempos de Lula.
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