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O domínio dos Brazão no Rio de Paes, Castro e Cunha

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3 minutos de leitura 27.03.2024 16:14 comentários
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O domínio dos Brazão no Rio de Paes, Castro e Cunha

Com base em dados do Disque-Denúncia, relatório da PF aponta que irmãos Brazão autorizavam campanhas políticas na favela do Rio das Pedras

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O domínio dos Brazão no Rio de Paes, Castro e Cunha
o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão | Foto: Reprodução

O relatório da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco afirma que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão tinham de tal forma domínio sobre milícias da favela de Rio das Pedras que somente candidatos vinculados aos dois faziam campanha na comunidade.

Entre os então candidatos que tiveram autorização para pedir votos na região, a Polícia Federal cita os casos do então deputado federal Eduardo Cunha e do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani.

“Funcionárias do delegado de polícia e candidato a deputado federal ‘Paulo Souto’, as quais foram ao local panfletar em nome do candidato, acabaram sendo abordadas e mantidas em cárcere privado pelo policial militar e miliciano Major Dilas e por seu comparsa Fininho, ambos com arma em punho”, aponta trecho do Disque-Denúncia anexado no relatório da Polícia Federal.

“Os milicianos estão alegando que somente o candidato ‘Brasão’ (sic) tem o direito de promover sua campanha no local e que nenhum pode ousar se promover na favela”, acrescenta a denúncia feita via Disque-Denúncia utilizada pela PF para justificar o pedido de prisão dos irmãos Brazão.

“Destarte, mostra-se latente o enlace da Família BRAZÃO com os grupos paramilitares atuantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro”, conclui a Polícia Federal no relatório.

“É cediço que a entrada de políticos em localidades comandadas pelos grupos paramilitares é controlada pelos seus líderes, uma vez que somente aqueles que promovem uma interação espúria com os milicianos podem auferir os louros eleitorais advindos daquele local”, apontam os policiais no material.

O relatório da PF confirma a influência da família Brazão em áreas dominadas por milicianos no Rio de Janeiro. Poderio esse que foi exaltado por políticos locais como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador fluminense, Cláudio Castro.

“Quem mais representa Jacarepaguá, quem mais briga por Jacarepaguá, é a família Brazão”, disse em discurso o prefeito Eduardo Paes sete meses antes de a dupla ser presa. Na época, Paes participava do lançamento da pré-candidatura de Kaio Brazão, de 22 anos, filho de Domingos Brazão. O ato ocorreu na comunidade Merck, Taquara, zona oeste da capital fluminense.

“Jacarapaguá e o Rio de Janeiro têm representantes legítimos  e esses são a minha querida família Brazão”, acrescentou em outro momento o governador do Rio de Janeiro.

Nesta semana, Paes iniciou um movimento de distanciamento da família Brazão para tentar se desvincular da dupla. Na terça-feira, 26, o prefeito exonerou Ricardo Abrão, indicado por Chiquinho Brazão, para comandar a secretaria de Ação Comunitária. O movimento irritou o Republicanos, sigla que tem como presidente estadual o prefeito de Belfort Roxo, o Waguinho Carneiro, aliado de Brazão.

E a esposa de Waguinho, a Daniela Carneiro, ex-ministra do Turismo, foi criticada no início do governo Lula pelo fato de ter sido flagrada ao lado de milicianos.

E assim segue a política fluminense.

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