Violência no Equador: Prefeitos solicitam proteção policial
O presidente da Associação de Municípios Equatoriano revelou que 22 autoridades locais foram mortas em circunstâncias violentas desde 2023
No último ano, quarenta e cinco prefeitos do Equador fizeram pedidos de proteção policial devido à escalada da violência no país. De acordo com o presidente da Associação de Municípios Equatorianos (AME), 22 autoridades locais perderam a vida em circunstâncias violentas desde o ano de 2023.
As ameaças enfrentadas pelos prefeitos ocorrem em meio a uma repressão nacional contra grupos criminosos. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou estado de emergência em janeiro deste ano e classificou 22 gangues como grupos terroristas, após um incidente no qual homens armados invadiram um canal de televisão em Guayaquil e mais de 100 agentes penitenciários foram mantidos reféns.
Prefeitos encontrados mortos
A crise atingiu um novo ápice no último fim de semana, quando os corpos de Brigitte Garcia, prefeita de San Vicente, e Jairo Loor, seu diretor de comunicação, foram encontrados em um veículo na província de Manabi. Ambos foram mortos a tiros, segundo informações da polícia.
O assassinato da prefeita Brigitte, que liderava uma cidade na costa equatoriana, foi o segundo caso envolvendo um prefeito desde o início do ano passado. Agustin Intriago, prefeito de Manta, foi morto durante uma visita a um bairro na cidade costeira em julho de 2023, cerca de duas semanas antes do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, em Quito, capital do país. Villavicencio era conhecido por sua campanha anticorrupção.
Proteção policial
De acordo com a Reuters, dos 221 prefeitos do país, dezessete receberam proteção policial fornecida pelo governo, enquanto outros optaram por contratar segurança privada. A informação foi divulgada por Homero Castanier, presidente da AME, em uma entrevista na noite de terça-feira (26).
Galo Meza, prefeito de Balzar, na província de Guayas, está entre os que solicitaram proteção policial. Em declarações à mídia local, Meza relatou que sua residência foi alvo de 65 disparos por homens armados na noite de segunda-feira, 25, quando sua esposa e filho estavam presentes.
O presidente Noboa, que assumiu o cargo no final do ano passado após vencer o segundo turno das eleições presidenciais, afirmou na segunda-feira que o assassinato de Brigitte serve como um lembrete de que narcoterroristas conseguiram infiltrar-se nas instituições públicas.
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