Trump ganha tempo e desconto da Justiça de NY
Donald Trump teria de pagar 454 milhões de dólares, até esta segunda-feira, por uma condenação sobre fraude fiscal
Um tribunal de apelações em Nova York tomou uma decisão que reduz significativamente a multa imposta ao ex-presidente Donald Trump. A penalidade, originalmente estabelecida em US$ 454 milhões (R$ 2,3 bilhões), foi cortada para US$ 175 milhões (R$ 872 milhões) – uma redução de mais da metade.
A multa foi aplicada a Trump no caso em que ele foi condenado por inflar o valor de suas empresas com o intuito de obter empréstimos favoráveis e outros benefícios. Além disso, a decisão do tribunal também concedeu um prazo adicional de dez dias para que a fiança seja paga.
O prazo era até hoje
Nesta segunda-feira, 25, ia vencer o maior boleto da vida de Donald Trump: o ex-presidente americano teria de pagar 454 milhões de dólares por uma condenação sobre fraude fiscal. Um empresário conhecido pela sua avidez no mercado imobiliário, Trump foi condenado em 16 de fevereiro por ser ávido demais — e inflar seu patrimônio artificialmente para obter empréstimos mais favoráveis.
O problema é que, desde a condenação, pairam dúvidas que Trump não teria todo esse dinheiro, seja para pagar a dívida, seja para recorrer da decisão (onde o depósito também é necessário como garantia). Na semana passada, os próprios advogados do empresário e político disseram que o pagamento seria “impossível”, uma vez que mais de duas dezenas de bancos negaram o empréstimo.
Carta na manga
A procuradora do estado de Nova York à frente do caso, Letitia James, tem uma série de alternativas sobre o que e como fazer. Ela já indicou publicamente que tomará os imóveis de Trump — seu principal patrimônio— caso ele não pague.
Ela já apresentou, no início do mês, pedidos de tomada de ao menos duas propriedades do magnata: o seu campo de golfe em Westchester, ao norte de Nova York, assim como seu clube em Seven Springs, na mesma região.
No entanto, a decisão que a procuradora tomar será política e juridicamente complicada. Primeiro porque sua atuação é acusada de ser partidária por Trump e por membros mais leais do partido Republicano, e a tomada de imóveis do empresário seria visto como não como consequência de um devido processo legal, mas sim um ato político para minar sua campanha em 2024.
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