Após rebater Lula, Israel manda recado a Erdogan, apoiador do Hamas
Ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz reagiu às “ameaças” do autocrata turco: "Apoia assassinos e estupradores"
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, o mesmo que voltou a apontar na quinta-feira, 21, as “declarações antissemitas” de Lula, reagiu nesta sexta, 22, às “ameaças” do autocrata turco Recep Tayyip Erdogan (foto).
Ele publicou no X, antigo Twitter:
“Instruí os funcionários do ministério a convocarem o vice-embaixador turco em Israel para uma séria reprimenda e transmitirem uma mensagem clara a Erdogan, após seu ataque a Benjamin Netanyahu e suas ameaças de enviar o primeiro-ministro a Alá:
Você que apoia assassinos e estupradores, e a queima de bebês e a mutilação de cadáveres por criminosos do Hamas, é o último que pode falar de Deus.
Não há Deus que dê ouvidos àqueles que apoiam as atrocidades e crimes contra a humanidade cometidos pelos seus bárbaros amigos do Hamas.
Fique quieto e tenha vergonha!”
O que disse Edogan
Eis alguns exemplos de declarações de Erdogan neste mês de março:
“Netanyahu e seu governo, com seus crimes contra a humanidade em Gaza, estão escrevendo os seus nomes ao lado de Hitler, Mussolini e Stálin, como os nazistas de hoje”.
“Ninguém pode nos obrigar a qualificar o Hamas como uma organização terrorista. A Turquia é um país que fala abertamente com os líderes do Hamas e os apoia firmemente.”
Desde os ataques de 7 de outubro do Hamas em território israelense, que resultaram em 1.200 assassinatos e 239 sequestros, Erdogan tem relativizado a natureza do grupo terrorista.
“Mujahideen”
Naquele mesmo mês, o autocrata afirmou que o Hamas “não é uma organização terrorista”, mas “um grupo de mujahideen que defendem as suas terras”. “Mujahideen” é um termo árabe para designar as pessoas envolvidas na jihad, ou guerra santa.
Na última quinta-feira, 21, Israel Katz saudou a visita dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas, “grandes amigos do Estado de Israel”, afirmando que “as declarações antissemitas do presidente Lula não separarão nossas nações”.
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