PF destrói fraude de R$ 62 Milhões e confisca mansão de luxo em SP
Operação Juízo Paralelo: como a PF desmantelou um esquema de fraudes de R$ 62 milhões e confiscou luxos em SP
Na busca incansável por justiça e na desarticulação de grupos criminosos que operam com a falsificação de alvarás judiciais, a Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (19), uma grande operação nomeada “Operação Juízo Paralelo”. Esta operação, em sua terceira fase, teve como alvo principal uma organização criminosa que atuava na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, promovendo fraudes na emissão de alvarás judiciais com ajuda de doleiros e certificados digitais falsificados em nome de magistrados. O objetivo disso? Sacar aproximadamente R$ 62 milhões de forma ilegítima.
A ação ocorrida nesta semana levou ao sequestro de uma mansão situada em um condomínio de luxo na cidade de Arujá, em São Paulo. No entanto, os bens apreendidos não pararam por aí. A operação também foi responsável pela apreensão de cinco veículos de luxo e uma soma considerável de R$ 30 mil em espécie. Além disso, uma gama de documentos, celulares e outros dispositivos de armazenamento de mídias digitais foram confiscados pelos quase 40 agentes federais envolvidos.
O alicerce para esta operação foi estabelecido por nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A abrangência da ação não se limitou a um único estado, expandindo-se para endereços situados em São Paulo e Santa Catarina, totalizando o cumprimento de doze mandados.
Como Funcionava o Esquema?
Pode-se dizer que a teia de ilegalidades era sofisticada. A organização criminal em questão se aproveitava da utilização de certificados digitais forjados, supostamente emitidos em nome de magistrados, para perpetuar suas fraudes. Com esses documentos falsos, o grupo visava realizar saques fraudulentos que, se bem-sucedidos em sua totalidade, movimentariam em torno de R$ 62 milhões.
No entanto, uma reviravolta na história: até o momento da operação, o grupo havia conseguido sacar “apenas” R$ 4 milhões. Desta forma, graças à intervenção policial, um prejuízo monumental de cerca de R$ 58 milhões foi evitado, salvaguardando assim os cofres públicos de uma perda significativa.
O Que Acontece Agora?
Os membros identificados da organização criminosa agora enfrentam acusações severas, entre elas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato qualificado, além de falsidade ideológica e de documento público. As penalidades, se somadas, podem resultar em condenações de até 30 anos de prisão para os envolvidos. A intenção, além de punir os culpados, é de utilizar os bens apreendidos na operação para ressarcir os danos causados ao erário público.
Este episódio marca a continuação dos esforços iniciados no final do ano de 2022, com a primeira fase da Operação Juízo Paralelo, seguida por uma segunda ação em dezembro do mesmo ano. As investigações apontam que o grupo possuía ramificações que se estendiam além dos estados inicialmente visados, alcançando também áreas em Sergipe e no Paraná.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)