Crusoé: as mentiras de Mauro Vieira e do PT na fraude eleitoral da Rússia
Um dia após o anúncio dos resultados da eleição Rússia, nesta segunda, 18, o governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Itamaraty não publicou nenhuma nota a respeito até a tarde desta terça, mas isso pode ocorrer a qualquer momento. Quem se pronunciou até agora foi o ministro de Relações Exteriores Mauro...
Um dia após o anúncio dos resultados da eleição Rússia, nesta segunda, 18, o governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Itamaraty não publicou nenhuma nota a respeito até a tarde desta terça, mas isso pode ocorrer a qualquer momento.
Quem se pronunciou até agora foi o ministro de Relações Exteriores Mauro Vieira (foto) e o Romênio Pereira, o secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores. Ambos cometeram falhas graves em suas declarações.
O pleito, que ocorreu entre a sexta, 15, e o domingo, 17, acabou com Vladimir Putin vitorioso com 87% dos votos, segundo o Kremlin. No dia seguinte, na segunda, 18, Vieira afirmou em uma viagem para a Cisjordânia que as eleições teriam ocorrido “em clima de tranquilidade” e com “observadores internacionais“. São duas informações falsas.
“Eu recebi aqui a notícia do resultado da reeleição do presidente Putin, não tive ocasião de examinar e ver todos os detalhes. Sei que havia observadores internacionais de muitas entidades e de mais de 30 países“, disse o chanceler. “Espero receber mais informações, mas creio que foi uma eleição que transcorreu em um clima de tranquilidade doméstica, pelo que fui informado até agora.“
É falso dizer que observadores internacionais acompanharam as eleições russas. A Rússia não convidou organizações que fazem um trabalho independente de monitoramento de eleições, como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). A recusa em permitir acesso a essa organização foi lamentada pelo Conselho Europeu da União Europeia.
A Rússia só convidou organizações de países amigos, para endossar a fraude eleitoral. Segundo a agência estatal Tass, duzentos observadores de 36 países teriam sido convidados para monitorar a eleição. Mas todos, é claro, são submissos ao Kremlin.
Vieira também mente ao dizer que a eleição ocorreu em um clima de tranquilidade doméstica. No domingo, 17, oitenta pessoas foram detidas em vinte cidades por protestar contra a fraude eleitoral. Em São Petersburgo, uma mulher foi presa por escrever “não à guerra” na cédula.
A morte do dissidente Alexei Navalny em uma colônia penal na Sibéria, um mês antes do pleito, foi um um indício claro do clima de tensão na Rússia.
A nota do PT, divulgada nesta terça, 19, também mente ao falar que os russos votaram de maneira voluntária.
“Com uma participação impressionante de mais de 87 milhões de eleitores, representando 77% do eleitorado do país, esse feito histórico ressalta a importância do voto voluntário na Rússia“, escreve Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT.
É falso dizer que os russos foram votar voluntariamente…
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