São Paulo adere à definição internacional de antissemitismo
A medida, que é adotada por 40 países, tem como objetivo "combater a crescente negação do Holocausto e do antissemitismo" em nível mundial
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assinou na sexta-feira, 15, a adesão da definição de antissemitismo da IHRA (Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto), durante encontro com representantes da comunidade judaica no Palácio dos Bandeirantes.
A medida, que é adotada por 40 países, tem como objetivo “combater a crescente negação do Holocausto e do antissemitismo” em nível mundial.
Participaram do encontro Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, Cláudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Sérgio Napchan, diretor da CONIB, Rafael Erdreich, Cônsul Geral de Israel e Hana Nusbaum, do StandWithUs Brasil.
Também estiveram presentes o vice-governador Felicio Ramuth, o chefe da Casa Civil do Governo, Arthur Luís Pinho de Lima, e o comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) Fernando Lottenberg e o advogado Daniel Bialski, entre outros representantes de entidades da comunidade judaica brasileira e do poder público.
“Essa atitude do governo de São Paulo em aderir à definição do IHRA é de fundamental importância no combate ao antissemitismo e a todas as formas de discurso de ódio. Mais do que isso, mostra o respeito do governador Tarcísio de Freitas à comunidade judaica que vive em São Paulo, um estado que sempre esteve de braços abertos para nos acolher”, afirmou Marcos Knobel.
No Brasil, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo também aderiram à definição de antissemitismo da IHRA.
A definição adotada pela entidade afirma que o antissemitismo “é uma determinada percepção dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas”.
Depois dos ataques terroristas do Hamas contra Israel em 7 de outubro, os discursos de ódio contra a comunidade judaica se intensificaram no país. No início desta semana, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) comunicou que continua acompanhando de perto os desdobramentos do caso de antissemitismo ocorrido na escola Beacon School, na zona oeste da capital paulista.
A vítima do episódio de antissemitismo foi um jovem judeu de 15 anos. Seis colegas do aluno desenharam suásticas na classe e reproduziram o hino da Juventude Hitlerista junto à saudação nazista.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)