Semana termina com Ibovespa e dólar estáveis e juros em alta
Período foi marcado por discussões sobre ingerência política em empresas e atividade econômica mais forte que o esperado
O principal índice acionário brasileiro, o Ibovespa, encerrou a sexta-feira, 15, em baixa de 0,74%, aos 126,7 mil pontos. No acumulado da semana, marcada pelas discussões sobre ingerências políticas em empresas públicas e privadas, o indicador acumulou 0,26% de queda.
Entre as principais altas do período, as ações da Azul (+9,76%), Embraer (+8,42%) e Braskem (+7,74%) foram as principais ganhadoras. Na ponta oposta, as maior baixas entre as ações do Ibovespa ficaram entre Pão de Açucar (-11,93%), Yduqs (-10,27%) e Usiminas (-9,94%).
O desempenho de Vale e Petrobras, que estiveram no centro das discussões sobre a extensão da influência do Planalto em empresas privadas e públicas, também movimentou ou investidores.
A ações da maior mineradora brasileira reagiu à forte queda nos preços do minério de ferro que recuaram 6,81% para encerrarem a semana abaixo de 100 dólares a tonelada em Singapura, algo que não ocorria desde agosto do ano passado. Isso somado à renúncia de um conselheiro alegando “nefasta influência política” no processo sucessório da companhia, fez com que os papéis da Vale caíssem 5,39% no período.
A Petrobras encerrou a semana praticamente estável, com as ações preferenciais em alta de 0,55% e as ordinárias em queda de 0,84%, com a empresa ainda tentando acalmar investidores após a decisão de não distribuir dividendos extraordinários. No mesmo período, o petróleo tipo Brent, usado como referência pela petroleira, avançou 3,87%.
Dólar com baixa volatilidade à espera do Fomc
A moeda americana iniciou a semana em queda contra o real, mas recuperou o fôlego nos últimos três pregões. Apesar disso, as oscilações foram de magnitude baixa. Os investidores parecem aguardar as definições do Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto) – que decide sobre os juros próxima quarta-feira, 20, para apostarem na moeda. Com isso, o dólar encerrou a sexta-feira,15, com alta acumulada no período de 0,26%, cotado a 5 reais.
Juros futuros apostam em Selic mais alta que antecipado
As taxas futuras reagiram a números mais fortes no varejo e nos serviços e elevaram a expectativa da Selic para o final do ciclo de cortes do Banco Central de 9,5% ao ano na semana passada para próximo de 9,75% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne na próximas terça e quarta-feira, quando deve promover mais um redução na taxa básica de 0,5 ponto percentual. A dúvida do mercado é se haverá sinalização sobre uma mudança no ritmo ou de qual será a taxa terminal.
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